Espanha fechou 2022 com taxa de desemprego de 12,87%
Com mais de três milhões de pessoas sem trabalho, Espanha apresenta uma das taxas de desemprego mais elevadas da União Europeia. Ainda assim, o país fechou o ano com menos 79.900 desempregados.
A taxa de desemprego em Espanha fixou-se em 12,87% no final do ano passado, uma subida de 21 décimas em relação ao trimestre anterior, terminado em setembro, revelou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística espanhol.
No trimestre anterior (julho a setembro), a taxa de desemprego em Espanha tinha já subido 18 décimas, depois de ter caído para 12,48% no segundo trimestre do ano (abril a junho), o valor mais baixo desde finais de 2008, com o número de pessoas desempregadas a situar-se abaixo dos três milhões também pela primeira vez desde 2008.
No entanto, o país fechou 2022 de novo com mais de três milhões de desempregados e uma das taxas de desemprego mais elevadas da União Europeia.
Durante todo o ano de 2022, a taxa de desemprego em Espanha caiu 45 centésimas e o país fechou o ano com menos 79.900 pessoas desempregadas, comparando com o final de 2021, o que representa um recuo de 2,6%. O emprego, por sua vez, cresceu em 278.900 postos de trabalho (+1,4%).
No final do ano passado, o número de pessoas com trabalho em Espanha alcançou os 20.463.900, menos 81.900 do que um ano antes, enquanto os desempregados aumentaram em 43.800 pessoas, para um total de 3.024.000.
Em 2022, em Espanha, aumentou o emprego nos serviços (mais 314.300 trabalhadores), na indústria (mais 36.600) e na construção (mais 14.900), enquanto a maior queda foi na agricultura, que perdeu 86.900 pessoas no ano passado, segundo os dados divulgados esta quinta-feira.
Excluindo o ano 2020, marcado pelo início da pandemia de Covid-19 e em que Espanha registou os piores números de emprego e desemprego desde 2012, o ritmo de criação de emprego em 2022 foi o mais lento desde 2013 (menos 204.200 empregos), apesar de ser o valor mais elevado desde 2007, e o declínio do desemprego registou o seu pior recorde em dez anos (aumentou 700.000 em 2012) e o seu maior aumento num final de ano desde 2017.
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