“Estamos particularmente interessados em profissionais portugueses”, diz DRH da Joom
A Joom, que já tem 500 colaboradores espalhados por diversos mercados, vai até ao final do ano deslocalizar 200 pessoas para Portugal -- Lisboa será a sua nova sede - e tem planos para crescer.
A Joom, a dona do marketplace com o mesmo nome e da fintech Joompay, está a mudar a sede da empresa de Riga, naL Letónia, para Lisboa. A empresa, que já tem 500 colaboradores espalhados por diversos mercados, vai até ao final do ano deslocalizar 200 pessoas para Portugal e tem planos para crescer. “Este ano, planeamos contratar mais de 100 profissionais em diferentes mercados”, revela Eugénia Panova, Chief of Global HR Love&Care da Joom, ao ECO Pessoas. “Estamos particularmente interessados em profissionais portugueses.”
O novo escritório sede da empresa letã abre em março em Lisboa, com capacidade para 100 pessoas, mas até ao final do ano a Joom conta trazer para Portugal 200 pessoas. Um processo de deslocalização com alguns desafios.
“O primeiro e mais importante é a obtenção do visto D e de uma licença de trabalho. Sabíamos que isto poderia envolver algumas questões burocráticas, por isso, logo desde o início, decidimos contratar consultores locais. E essa foi uma decisão muito sábia. Devido a um fluxo muito grande de expatriados do mundo inteiro para o país, as autoridades locais como o SEF estão sobrecarregadas com toneladas de documentos, pedidos e chamadas. Tínhamos medo de que a obtenção de autorizações de trabalho ia levar muito tempo. No entanto, ainda na semana passada tivemos vários casos de trabalhadores que receberam uma autorização em menos de um mês”, conta Eugénia Panova.
Mas não só. A crise habitacional também dificulta o processo, como reconhece a Chief of Global HR Love&Care da Joom. “O segundo desafio é o arrendamento de apartamentos. As pessoas que estão a mudar-se para Lisboa enfrentam o problema de encontrar um apartamento relativamente decente e barato, o que exige muito esforço e tempo. Mais uma vez, isto deve-se à grande procura para a abertura de empresas de TI em Portugal e nós estávamos preparados para isso”, garante.
Devido a um fluxo muito grande de expatriados do mundo inteiro para o país, as autoridades locais como o SEF estão sobrecarregadas com toneladas de documentos, pedidos e chamadas. Tínhamos medo de que a obtenção de autorizações de trabalho ia levar muito tempo. No entanto, ainda na semana passada tivemos vários casos de trabalhadores que receberam uma autorização em menos de um mês.
Para ajudar os colaboradores a Joom dá um “empréstimo para cobrir depósitos e pagar vários meses de renda”, cobre o “valor do primeiro mês de apartamento temporário” e tem “um programa que apoia aqueles que arrendam apartamentos perto do escritório“, enumera.
Depois há ainda o tema de como facilitar a integração da equipa num novo país, numa nova língua e cultura. “Todos os que se mudam podem aprender português gratuitamente. Muitos já tinham começado a estudar português mesmo antes de chegarem a Lisboa, e agora sentem-se muito mais tranquilos”, adianta.
E, para “melhor compreender a vida em Portugal e Lisboa”, a Joom criou um guia interno muito detalhado para aqueles que estão em processo de mudança. “Nele podem ser encontradas informações úteis sobre a procura de apartamentos, escolas e jardins-de-infância, há recomendações sobre cafés e restaurantes, transportes locais, preços de comida e muitas outras dicas interessantes”, descreve Eugénia Panova.
A companhia também organiza “workshops com especialistas locais sobre diferentes tópicos: como pagar impostos, como encontrar uma escola, o que se deve saber sobre serviço de saúde, etc.”, tendo ainda criado um chat dentro do programa corporativo de mensagens, “onde todos partilham as suas experiências na procura de alojamento, fazem várias perguntas e recebem apoio imediato.”
“Às sextas-feiras, vamos fazer happy hours num ambiente descontraído no nosso escritório. Na semana passada realizámos o primeiro e espero que isso se torne uma tradição. E uma vez aberto o nosso novo escritório, faremos uma grande reunião no nosso terraço com todos os que nos têm ajudado neste difícil processo: advogados, consultores, agentes imobiliários e muitos outros”, diz.
Contratar 100 pessoas este ano
No início do ano passado, a Joom atingiu os 500 colaboradores e tem como objetivo chegar aos mil. Mas, embora admita planos de crescimento, Eugénia Panova não avança com uma data para atingir essa meta.
“Estamos a crescer, mas de uma forma controlada e propositada. Este ano, planeamos contratar mais de 100 profissionais em diferentes mercados“, adianta.
“Todos os nossos novos cargos estão abertos a candidatos locais. Se verificar as nossas vagas hoje, pode facilmente descobrir que estamos à procura de um consultor jurídico, gestor de categoria, designer de produto e muitos outros cargos e estamos particularmente interessados em profissionais portugueses.”
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