Governo promete para abril medidas para dar força ao turismo no interior

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2023

Nuno Fazenda indica que “90% da procura turística” em Portugal se concentra no litoral" e que, por isso, é preciso "ter mais interior nas políticas de turismo”.

O Governo pretende apresentar, em abril, a Agenda para o Turismo no Interior, com medidas que “permitam dar força” a este setor e atraiam mais turistas nacionais e estrangeiros ao interior de Portugal. “O que queremos, sem prejuízo da importância estratégica que têm os destinos turísticos mais consolidados, como é o caso do Algarve, Lisboa, Madeira e também o Porto, é ter mais interior nas políticas de turismo”, assumiu o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, à margem de uma sessão em Évora.

Realçando que “90% da procura turística” em Portugal se concentra no litoral, o governante frisou que “o desafio” passa por ter “mais turistas e mais mercados turísticos a visitar o interior do país”. Para tal, é preciso “desenvolver medidas para apoiar projetos públicos, privados, iniciativas e campanhas de promoção específicas para o interior do país, para dar mais energia e mais força ao interior de Portugal”, argumentou.

O secretário de Estado falava à margem da sessão pública de discussão e reflexão “+ Interior – Roteiro de uma Agenda para o Turismo no Interior”, que decorreu esta tarde nas instalações do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT). Esta sessão constituiu o ‘pontapé’ de saídas do roteiro que o secretário de Estado vai fazer pelo país com o objetivo de construir a Agenda para o Turismo do Interior.

A ideia é auscultar e integrar contributos “dos atores locais e regionais, das empresas, das instituições de ensino superior sobre que projetos, que desafios, que prioridades” existem para o desenvolvimento do turismo na faixa interior do país, explicou. “É um roteiro para ouvir. É um roteiro de auscultação, de audição dos territórios, para puxarmos pelo interior, para desenvolvermos uma agenda estratégica para o turismo do interior”, insistiu.

Após o processo de auscultação, é “intenção” do Governo apresentar esta agenda, “em abril”, traçou o Nuno Fazenda, frisando que esta irá incluir “medidas e iniciativas que permitam afirmar o turismo do interior e dar força ao turismo do interior”. O secretário de Estado do Turismo sustentou que é necessário promover “a coesão territorial”, para que Portugal possa ser “um país mais harmonioso do ponto de vista turístico” e sem que “nenhum território fique para trás”.

“É por isso que em territórios como o Alentejo, a região Centro ou o Norte de Portugal, para a faixa do interior, temos que ter medidas de apoio a projetos públicos que visem a valorização do nosso património, da nossa cultura, das nossas serras, mas também apoios diferenciados e positivos para o investimento privado e desenvolver ações de promoção específicas do interior”, argumentou.

O secretário de Estado do Turismo realçou ainda a “trajetória de crescimento muito assinalável” do Alentejo em camas, dormidas, receitas e taxas de ocupação turística e disse que a região ainda tem “enorme potencial” por aproveitar. Nuno Fazenda disse que, no contexto nacional, a região do Alentejo representa “4,4% das dormidas de todo o país” em estabelecimentos hoteleiros, ou seja, sem contar com as dormidas em unidades turísticas em espaço rural.

“Mas, mesmo falando desta percentagem de 4,4% do total de dormidas do país, a verdade é que, quando olhamos para a capacidade, hoje temos 27.100 camas [no Alentejo], mais 14.100 do que em 2013”, destacou. O secretário de Estado indicou que tal significa que essa evolução significa que o número de camas turísticas na região “quase duplicou nestes últimos anos”.

“Temos hoje quase três milhões de dormidas” no Alentejo, indicou o governante, referindo que, em 2013, a região atingiu “1,8 milhões de dormidas”, tendo ainda subido a receita por quarto disponível (RevPar), nos últimos anos. “Apesar da representatividade no contexto do país, estes são sinais muito positivos de um crescimento. Há uma trajetória de crescimento muito assinalável em camas, em dormidas, em receitas e em taxas de ocupação”, congratulou-se Nuno Fazenda.

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