Depósitos nacionais são os menos rentáveis da Zona Euro
A taxa de juro de novos depósitos a prazo de particulares atingiu 0,35% em dezembro, é a mais baixa remuneração entre os países da área do euro.
Os bancos nacionais continuam a pagar muito pouco pelas poupanças das famílias alocadas em depósitos a prazo.
De acordo com informação divulgada esta quinta-feira pelo Banco de Portugal, a taxa de juro de novos depósitos a prazo de particulares atingiu os 0,35% em dezembro de 2022, a mais baixa da área do euro.
Segundo o banco central, “em 2022, o montante de novos depósitos a prazo de particulares foi de 49.393 milhões de euros (43.016 milhões em 2021), remunerados, em dezembro, a uma taxa de juro média de 0,35% (0,04% em dezembro de 2021).”
O Banco de Portugal revela ainda que, “do montante dos novos depósitos constituídos, 88% foram aplicados em depósitos a prazo até um ano, remunerados, em dezembro, a uma taxa de juro média de 0,30% (0,04% em dezembro de 2021)”, trata-se de uma taxa de juro 4,5 vezes abaixo média praticada pelos bancos da Zona Euro (1,34%).
Para as empresas, os bancos têm-se revelados mais simpáticos, com a taxa de juro dos depósitos até um ano a situar-se nos 0,97%, percentagem acima da oferecida no final de 2021 (0,06%).
No ano passado, os novos depósitos a prazo de empresas totalizaram 21.513 milhões de euros, dos quais 96% foram aplicados em depósitos a prazo até um ano.
Os dados do Banco de Portugal revelam que a taxa de juro dos novos depósitos a prazo das empresas até 1 ano foi sistematicamente superior à praticada na área do euro, em particular durante 2020, ano em que a taxa média praticada na área do euro foi negativa.
No entanto, em agosto de 2022, “este comportamento inverteu-se e, desde então, a remuneração dos depósitos na área do euro tem superado as taxas praticadas em Portugal, com um diferencial crescente [0,05 pontos percentuais (pp) em agosto, 0,42 pp em setembro, 0,46 pp em outubro, 0,69 pp em novembro e 0,79 pp em dezembro]”, refere o banco central.
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