Fatura com gasóleo duplica na Soflusa e dispara 75% na Transtejo em 2022

Estado foi obrigado a transferir mais dinheiro para a Transtejo e a Soflusa poderem enfrentar a subida dos combustíveis durante a primeira metade de 2022.

Disparou a fatura do gasóleo para os barcos que atravessam o Tejo na região de Lisboa. Em 2022, a Soflusa duplicou as despesas com o combustível e a Transtejo teve mais 75% de gastos. O Estado, para acorrer a estes aumentos, teve de reforçar o orçamento do grupo Transtejo Soflusa (TTSL). Em causa está a revisão dos orçamentos para os anos de 2019 até 2023, estabelecidos em agosto de 2018.

O maior aumento da despesa deu-se nos catamarãs da Soflusa, que gastou mais 96,72% com o gasóleo: inicialmente, estavam previstos 3.334.968,14 euros; no novo orçamento, foram necessários 6.560.602,23 euros para as embarcações que ligam o Barreiro ao Terreiro do Paço. Com a Transtejo, a fatura do gasóleo disparou 75,79%, de 2.858.543,36 euros para 5.024.895,75 euros, de acordo com duas portarias publicadas nos últimos dois dias em Diário da República.

O orçamento também foi revisto em baixa para o ano de 2020, por conta dos confinamentos e da correspondente redução da oferta de viagens: a Transtejo precisou de menos um milhão de euros (-36,07%), a Soflusa gastou menos 700 mil euros (-21,13%).

No novo ‘envelope’ financeiro também passou a ser incluído o ano de 2024, por causa do atraso na chegada dos navios elétricos aos serviços da Transtejo e da Soflusa. A Transtejo passou a ter 1.338.500,64 euros para a fatura em gasóleo no próximo ano. Na Soflusa, a despesa será de 1.730.604,83 euros. A situação também obrigou a rever em alta os gastos para 2023: +87,3% para a Transtejo (5.354.001,77 euros) e 104,33% para a Soflusa (6.814.419,31).

No novo calendário, as primeiras quatro embarcações elétricas começarão a navegar no final deste ano entre o Cais do Sodré e Seixal; em 2024, chegarão mais quatro; as últimas das quais só transportarão passageiros em 2025, anunciou na semana passada o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro. Previa-se que todos os navios estivessem a funcionar até ao final de 2024.

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