Desemprego registado no IEFP sobe em janeiro pelo sexto mês consecutivo

  • Mariana Marques Tiago
  • 20 Fevereiro 2023

Entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, o desemprego registado no IEFP subiu em mais de 15 mil. Houve aumentos em cadeia em todas as regiões do país.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 4,9% em janeiro em relação ao mês anterior. Foi o sexto mês consecutivo de crescimento no desemprego registado em Portugal em cadeia (desde julho de 2022) e um aumento absoluto de 15.081 desempregados, para um total de 322.086. Em termos homólogos, porém, regista-se uma queda de 9,5%.

Apesar do aumento face ao mês prévio, foi o segundo mês de janeiro mais baixo em número de desempregados inscritos no IEFP dos últimos 30 anos, notou o Ministério do Trabalho num comunicado. O mesmo se verifica relativamente ao desemprego jovem. Em janeiro, registou-se o segundo valor mais baixo, nesse mês, desde que há registo.

Os dados foram esta segunda-feira divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e indicam que o maior crescimento absoluto dos novos desempregados inscritos foi o das mulheres (8.919), contra 6.162 dos homens.

Fonte: IEFP

Entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, a maioria dos desempregados registados no IEFP (12.110) tinham 25 anos ou mais. No entanto, o desemprego jovem (até aos 25 anos) aumentou 9,2% em cadeia, o que se traduz em 2.971 jovens.

À semelhança do total de desempregados, e apesar do aumento em cadeia, se comparado com janeiro do ano passado, verifica-se uma quebra de 6,4% (ou seja, menos 2.421 jovens sem emprego registados no IEFP).

Desemprego aumentou em todas as regiões

No primeiro mês do ano o desemprego diminuiu, em termos homólogos, em todas as regiões, exceto no Alentejo, onde aumentou 4,7%. A Região Autónoma da Madeira e de Lisboa e Vale do Tejo registaram quedas de 30,7% e 12,5% no desemprego registado, respetivamente.

Mas, uma vez mais, face a dezembro de 2022, o desemprego voltou a registar um aumento em todas as regiões sem exceção. A maior variação positiva registou-se, uma vez mais, no Alentejo, de 6,2%.

Quanto à atividade económica que os novos desempregados exploravam, dos 277.825 que, no final de janeiro de 2023, estavam inscritos como candidatos a novo emprego apenas em Portugal Continental, 73,1% trabalhavam no setor dos “Serviços” (destacando-se as “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio”). Seguiam-se trabalhadores do setor “Secundário” (19,3%), onde se destaca a “Construção”, e por último e o setor “Agrícola” (ao qual pertenciam 5% dos novos desempregados).

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