Quer mudar de emprego? Cinco perguntas que deve fazer sobre a sua carreira
Uma mudança de trabalho implica, normalmente, um espaço de introspeção. Eis as questões a que deve responder antes de 'dar o salto'.
Uma mudança de trabalho implica, normalmente, um espaço de introspeção em que uma série perguntas sobre o que importa, o que nos faz sentir realizados e o que mais valorizamos ao trocar de emprego devem ser respondidas. Há muitos pontos a considerar antes de dar ‘o salto’.
“Uma jogada lateral não resolverá a insatisfação ou incerteza na sua vida profissional. Considere cuidadosamente o que é importante para si, o que o faz sentir-se mais empenhado, realizado e apreciado a longo prazo”, sugere a Adecco Portugal, em comunicado.
Eis as cinco questões-chave que deve colocar a si próprio:
1. Qual a importância do salário na minha função atual?
“O salário é importante. Não só pelo reconhecimento extrínseco de que o seu empregador valoriza a sua experiência, conhecimento e empenho, mas porque precisamos realmente de dinheiro para viver”, defende a consultora de recursos humanos. Entre os inquiridos que pretendem desistir do seu atual emprego nos próximos 12 meses, 45% fá-lo-ão a fim de obterem um salário melhor, revela o mais recente estudo global do Grupo Adecco, intitulado “Workforce of the future”.
Mas o salário não é o único fator que afeta as atitudes dos trabalhadores. Entre aqueles que se sentem empenhados nos seus empregos, a sua posição numa lista de prioridades cai até ao sexto lugar. Apenas 25% dos que planeiam permanecer nos seus empregos citam o salário como a razão. Em vez disso, a estabilidade, o equilíbrio trabalho-vida e a flexibilidade ajudam a reter os trabalhadores. “É por isso que é tão importante perguntar a si próprio se o salário é superior a estes outros fatores, ou se é realmente o mais importante para si.”
2. Sinto-me realizado no trabalho?
Realização, ligação e interesse contínuo no trabalho são, normalmente, prioridades de topo ao considerar mudanças e oportunidades de carreira. “Os profissionais de hoje — sejam de secretária ou não — querem preocupar-se com o que fazem e querem sentir que estão a contribuir para um propósito que valorizam”, considera a Adecco Portugal.
Por isso, considere cuidadosamente se uma nova perspetiva de emprego lhe oferecerá a oportunidade de se sentir regularmente empenhado, de modo a que os seus talentos se desenvolvam, se desdobrem e contribuam para um esforço propositado.
3. Quão importante é para mim a aprendizagem e a requalificação contínuas?
O crescimento na carreira expande-se para além das promoções e dos aumentos salariais, impacta o empenho e a motivação dos profissionais. E, sobretudo para a geração Z, é um fator primordial.
Deve aproveitar a ocasião para questionar se, um novo emprego, traz consigo a oportunidade de se envolver em projetos mais desafiantes, oportunidades de desenvolvimento profissional para crescer no seu conjunto de competências e manter-se a par das novas tecnologias, processos, e abordagens interpessoais? Encontre respostas e reflita sobre a importância de cada
4. Onde quero trabalhar, e com que frequência?
A pandemia mudou fundamentalmente a nossa forma de trabalhar. “Face aos bloqueios e quarentenas obrigatórios e outras políticas preventivas, as organizações grandes e pequenas tiveram de repensar as suas práticas quando se tratava da chamada cultura das nove às cinco”, recorda a empresa especializada em recrutamento.
Embora muitas pessoas considerem que o trabalho remoto enfraquece a camaradagem do dia a dia e até a motivação dos profissionais, para milhões de outros, a oportunidade de trabalhar à distância, a tempo inteiro ou a tempo parcial, proporciona um ambiente mais saudável e mais seguro para terem sucesso nas suas funções. Está na altura de decidir: onde quer trabalhar? E com que frequência? Compreender o tipo de estrutura de trabalho que melhor se adequa à sua vida e saúde é uma questão-chave ao considerar tanto as oportunidades de trabalho atuais como as novas.
5. Qual a minha perspetiva sobre o trabalho?
A pandemia mostrou também a muitos de nós que podemos — e devemos — gerir o nosso trabalho com outros interesses e responsabilidades, desde que tenhamos a flexibilidade para organizar os nossos horários e prioridades.
Quão importante é para si ter flexibilidade, seja em temos de horário, de geografia ou de compensação? Reflita sobre isto e questione de que forma é que um novo trabalho poderá potenciar um maior equilíbrio entre as esferas pessoal e profissional.
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