Crédito à habitação desacelera pelo sexto mês consecutivo

Além de estar a abrandar desde agosto, o montante de crédito à habitação registou em janeiro a primeira correção mensal desde junho de 2021.

A concessão de crédito à habitação está a abrandar todos os meses. De acordo com dados do Banco de Portugal divulgados esta segunda-feira, no final de janeiro o montante total de empréstimos para habitação era de 100 mil milhões de euros, menos 200 milhões de euros que no final de dezembro.

“A concessão destes empréstimos continuou a desacelerar pelo sexto mês consecutivo: a taxa de variação anual passou de 4,8% em julho de 2022 para 3,1% em janeiro de 2023”, refere o supervisor em comunicado.

De acordo com dados históricos, além de ser a taxa de variação anual mais baixa desde março de 2021, foi também a primeira vez desde junho de 2021 que o montante de empréstimos concedidos pela banca para a compra de casa registou uma correção mensal.

Fonte: Banco de Portugal.

Janeiro interrompe, assim, um período de 18 meses consecutivos de subidas do montante global de crédito à habitação. É preciso recuar 14 anos, ao período entre janeiro de 2009 e janeiro de 2011, para se assistir a um intervalo tão grande de subidas ininterruptas – foram 25 meses de aumentos consecutivos.

A pressionar a concessão do crédito à habitação está a subida galopante no último ano das taxa Euribor, que servem de indexante aos contratos de crédito à habitação. Segundo dados do Banco de Portugal, a taxa de juro dos novos empréstimos à habitação (realizados há menos de três meses) em dezembro era de 3,24%, mais 241 pontos base face aos 0,83% registados um ano antes.

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