Lucros da EDP Renováveis crescem 2% para 671 milhões de euros
EDP Renováveis lucra mais 2% em 2022, face ao ano anterior, atingindo os 671 milhões de euros.
A EDP Renováveis lucrou mais 2% em 2022, face ao ano anterior, para 671 milhões de euros. A empresa destaca ainda cinco transações de rotação de ativo, nomeadamente em Espanha, Polónia, Itália, EUA e Brasil, envolvendo 1 GW de ativos eólicos e solares, resultando em 2 mil milhões de proveitos e ganhos de capital na ordem dos 424 milhões, avança em comunicado enviado à CMVM esta segunda-feira.
Segundo a empresa, a EDP Renováveis apresentou um “forte crescimento de 35%” no que toca às receitas, subindo para os 2,4 mil milhões de euros, com um “mix de receitas de 94,6% eólico e 4,9% de solar PV”. A alimentar esta performance, a empresa destaca o aumento de 10% na produção renovável e a melhoria do preço médio de venda para €65/MWh, em particular nos mercados europeus.
Os resultados líquidos aumentaram em 2% para 671 milhões de euros devido ao “aumento sólido de EBITDA parcialmente neutralizado pelo maior nível de custos financeiros”, de 449 milhões de euros (contra 249 milhões em 2021), esclarece a EDP Renováveis. Este resultado deve-se ao “nível mais elevado de dívida bruta média, o aumento do custo médio da dívida (de 3,4% para 4,0%), e com o impacto negativo de forex e derivados” acrescenta.
A empresa viu o EBITDA aumentar 23% em relação ao ano anterior, para os 2.157 milhões de euros, suportada pela melhoria operacional e a transação de rotação de ativos. Por sua vez, este crescimento foi, parcialmente, mitigado pelo aumento dos custos, refere o comunicado.
A empresa esclarece ainda que os custos operacionais aumentaram na ordem dos 36%, em relação a 2021, inclusive os impostos de recuperação na Europa. Neste aspeto, a empresa destaca os 98 milhões contabilizados nos resultados, dos quais 63 milhões na Roménia e Polónia a nível de custos operacionais, ao passo que 35 milhões foram contabilizados na Itália a nível de impostos. Por outro lado, o aumento de custos com pessoal, fornecimentos e serviços externos também ficaram em linha com os “maiores custos da indústria” no que toca à inflação.
Empresa lança novo programa de remuneração dos acionistas
Em outro comunicado ao mercado, a empresa informa que vai lançar um novo programa de remuneração dos acionistas, através de dividendos flexíveis (scrip dividend) – ou seja, remunerar os acionistas com emissão de ações. Este programa será ainda sujeito a “aprovações internas” e “à aprovação do Programa em assembleia geral da EDPR e ao lançamento do Programa pelo conselho de administração da EDPR”, indica a nota.
Assim, a EDP Renováveis “pretende melhorar a sua política de dividendos para payout ratio de 30-50%”, com a distribuição de um montante até 275 milhões de euros, ou seja cerca de 40% do resultado líquido da EDPR em 2022.
Neste programa de dividendos flexíveis, os acionistas vão poder escolher uma ou a combinação de três opções. A primeira passa por “não vender a totalidade ou parte dos seus direitos de incorporação à EDPR ou no mercado regulamentado Euronext Lisbon” e neste caso “os acionistas receberão o número de novas ações emitidas e realizadas correspondente ao número de direitos de incorporação de que são titulares”.
Uma segunda opção passa por vender a totalidade ou parte dos direitos de incorporação a um preço fixo garantido. Os acionistas “receberiam uma contrapartida em dinheiro em vez de novas ações emitidas e realizadas”.
Se a escolha for a venda total ou parcial dos direitos de incorporação, os acionistas também podem, na última opção, “monetizar a totalidade ou parte” destes direitos e receber “uma compensação em dinheiro pela venda dos direitos de incorporação equivalente ao seu preço de negociação no mercado”
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