5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados
A Grécia vai tentar desbloquear um acordo, no mesmo Eurogrupo em que se procura uma solução para o malparado. Esta sexta-feira é o último dia para investir nesta leva das OTRV. Prepare-se.
Entre os dados da Baker Hughes, que prometem sempre fazer mexer as agulhas do preço do petróleo, avaliações da dívida soberana de três grandes parceiros de Portugal, e os resultados do primeiro trimestre do fundo soberano norueguês, o maior do mundo, esta sexta-feira promete ser um dia animado para os mercados. E isto sem falar do Eurogrupo, onde a Grécia está pressionada para encontrar um acordo que lhe permita desbloquear a próxima tranche do resgate, e onde os líderes europeus falarão sobre possíveis soluções para o crédito malparado.
É dia de Eurogrupo… mas a Grécia já tem acordo?
Os últimos dias em contrarrelógio resultaram, ou não? É o que se perguntam as autoridades gregas e europeias, já que nesta reunião estará em jogo um pacote global de políticas que a Grécia precisa de aplicar para desbloquear a próxima tranche do seu programa de ajustamento. Contudo, há desentendimentos profundos no campo das pensões que não têm deixado as negociações chegar a bom porto. Mario Draghi, presidente do BCE, e a presidente do Conselho de Supervisão, Danièle Nouy, vão estar no encontro para apresentar as linhas orientadoras do banco central para o problema do crédito malparado na Zona Euro, uma discussão que, da parte da tarde, chega aos ministros das Finanças da União Europeia, no Ecofin.
Se quer investir nas OTRV, tem de ser hoje
O prazo para subscrever as OTRV, o novo produto de financiamento do Estado, chega esta sexta-feira ao fim. Os títulos de dívida têm uma taxa de juro mínima de 1,9%, e o período de subscrição desta nova edição começou a 27 de março. Com uma procura imediatamente elevada, logo no primeiro dia houve intenções de compra que excederam a oferta, com ordens para um montante superior aos 600 milhões de euros, segundo fontes contactadas pelo ECO. O IGCP acabou por rever em alta o montante total a obter, de uma meta de 500 milhões para o dobro. O prazo de investimento são três anos.
Três parceiros de Portugal têm rating avaliado
Três das principais agências de rating avaliam a dívida soberana de três dos principais parceiros comerciais dos empresários portugueses: Espanha, Angola e França. Espanha aguarda uma avaliação da agência canadiana DBRS, que em outubro lhe manteve a avaliação de A (baixo), com perspetiva estável, graças à recuperação económica que compensou os riscos de incerteza que se faziam sentir no país. Em França, em pleno período eleitoral, espera-se uma atualização vinda da S&P, que em outubro mudou a perspetiva do rating de AA do país de negativa para estável. Em Angola, a situação é mais difícil: a Moody’s, que já tem a dívida soberana do país com recomendação de não investimento, ou ‘lixo’, tinha previsto que esse rating evoluísse negativamente.
Quanto ganhou o maior fundo soberano do mundo?
O maior fundo soberano do mundo, o norueguês, está a subir há cinco anos consecutivos, e apresenta hoje os resultados do primeiro trimestre de 2017. No final de 2016, o fundo tinha lucrado quase 50 mil milhões de euros, graças à recuperação dos mercados após a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos. O fundo, que vale 900 mil milhões de dólares, teve assim um lucro de 6,9% em 2016. No entanto, anteveem-se mudanças, já que o fundo poderá começar a acumular investimentos mais arriscados e ter acesso a menos do rendimento associado ao petróleo e gás natural norueguês.
Como está a saúde do petróleo dos EUA?
A prestadora de serviços para o setor petrolífero norte-americana Baker Hughes dá nota esta sexta-feira da contagem semanal das plataformas de petróleo em produção nos Estados Unidos. Na última contagem foi registado um aumento pela 12.ª semana consecutiva. O acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo prevê uma redução da produção, mas os seus efeitos na oferta global do recurso têm sido limitados — nos EUA, à medida que o número de plataformas petrolíferas continua a subir, a produção deverá manter-se elevada.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados
{{ noCommentsLabel }}