ADSE defende que revisão de preços era “inevitável e urgente”
"A revisão operada mostrou-se inevitável e urgente, face aos crescentes e sucessivos aumentos dos bens e serviços de saúde", justifica a ADSE.
Entrou este mês em vigor a nova tabela de preços da ADSE, que foi contestada pelos beneficiários nomeadamente pela falta de informação e pelo aumento nos custos suportados. O subsistema de saúde dos funcionários públicos vem agora dizer que este aumento era “inevitável e urgente”, pelo que teve de “intervir” com uma revisão transversal de 5%, que é mais elevada em certas áreas e consultas.
“A revisão operada mostrou-se inevitável e urgente, face aos crescentes e sucessivos aumentos dos bens e serviços de saúde”, começa por justificar a ADSE, na newsletter mensal enviada aos beneficiários.
Mas os motivos prendem-se também com o facto de que, “por um lado, os beneficiários reportavam à ADSE dificuldades e impedimentos no acesso a cuidados de saúde, por outro os prestadores reclamavam dos valores pagos pela ADSE por certos e determinados atos médicos, por estarem abaixo dos preços praticados no atual contexto de inflação e não cobrirem os seus custos reais”. Assim, “os atos vinham sendo removidos das Convenções e faturados aos beneficiários em Regime Livre”, o que “provocava uma enorme instabilidade e descontentamento junto dos beneficiários”.
Perante este cenário, o Conselho Diretivo diz que “teve de intervir, revendo transversalmente a tabela de preços em 5% e em maiores percentagens as áreas de radiologia (RX, TAC, ressonâncias magnéticas, ecografias, etc.), cirurgia (área da urologia, ginecologia e otorrino) e certas consultas de especialidade (pediatria, oncologia, ginecologia, obstetrícia, psiquiatria, reumatologia e dermato-venereologia)”. Salientam ainda que “a ADSE continua a chamar a si 80% do aumento, cabendo aos beneficiários 20%”.
Quanto às consultas, a ADSE destaca que a tabela prevê cerca de 80 diferentes mas 90% não sofreu qualquer aumento. Já nos exames médicos, usa como exemplo a área de radiologia: “dos 211 exames previstos na tabela, 53 não tiveram aumentos (25,1%), 126 viram o seu preço aumentado entre 1 euro e 1,94 euros e 32 apresentam aumentos que variam entre os 2 euros e 5 euros”.
A ADSE conclui, defendendo que o objetivo é que “os beneficiários encontrem mais facilmente os serviços médicos convencionados de que necessitam, com a qualidade devida e mais consentâneos com as práticas atuais, para que não se sintam limitados, ou mesmo, discriminados no acesso aos prestadores privados”.
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