Trabalho temporário sobe 7% em 2022 para 416.419 colocações
O número de colocações em trabalho temporário aumentou 7% em 2022 face ao ano anterior, para 416.419.
O número de colocações em trabalho temporário aumentou 7% em 2022 face ao ano anterior, para 416.419, segundo o barómetro da APESPE-RH e do ISCTE divulgado esta terça-feira.
“Em 2022 houve um total de 416.419 colocações de trabalho temporário, o que representa um crescimento global de 7% em comparação com 2021, quando se registaram 388.235 contratações anuais”, indicam a APESPE-RH – Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e Recursos Humanos e o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa.
O barómetro mostra ainda que no último trimestre de 2022 verificou-se também uma melhoria face ao mesmo período de 2021, com uma subida de 5,9% de colocações, para 104.685.
No entanto, comparando com o trimestre anterior, registou-se uma diminuição de 3,4% (para 107.976), que pode ser explicada pela contratação sazonal no verão, indica o barómetro.
Quanto à caracterização dos trabalhadores temporários, o documento refere que houve “uma ligeira diminuição da contratação de trabalhadoras do género feminino em novembro (45,7%) e dezembro (45,4%) e um aumento em outubro (46,3%).
Ao nível da distribuição etária, entre 27% a 28% dos colocados têm idade média acima dos 40 anos.
O ensino básico mantém-se o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas (63% a 64% no último trimestre do ano 2022), seguindo-se o ensino secundário (29%).
As empresas de “fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis” continuam em primeiro lugar no último trimestre de 2021 (cerca de 12%), seguindo-se as empresas de “fornecimento de refeições para eventos e outras atividades” e as empresas de “atividades de serviços de apoio prestados às empresas” (entre 8% e 9%).
Na distribuição do trabalho temporário por principais profissões, no quarto trimestre de 2022, destacam-se as “outras profissões elementares” (entre 26% e 29%), seguindo-se os “empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes” (entre 17% e 18%) e os “trabalhadores não qualificados da indústria transformadora” (entre 9% e 10%).
O presidente da APESPE-RH, Afonso Carvalho, destaca que “a evolução global do número de contratações em 2022 é muito positiva e Portugal está em linha com a recuperação que alguns dos países europeus têm protagonizado”.
“Os últimos dois anos foram muito impactados pela pandemia, mas neste momento podemos afirmar que grande parte dos nossos associados já está em níveis pré-pandemia”, afirma Afonso Carvalho, citado no documento.
O responsável aponta ainda que os dados mostram que o trabalho temporário é “uma porta de entrada ou de reentrada no mercado de trabalho para trabalhadores com baixa escolaridade e idades acima dos 45 anos”.
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