Credit Suisse dispara 32% e anima bolsas europeias. PSI recupera 1% com BCP a comandar ganhos
Apoio do banco central ao Credit Suisse, reforçando a liquidez da empresa, está a dar algum alento aos investidores. Ações chegaram a disparar 32%, impulsionando a banca e animando bolsas europeias.
As bolsas europeias abriram em forte alta esta quinta-feira, no rescaldo de uma sessão negra que tirou 1,4 mil milhões de euros de valor de mercado ao português PSI. Os investidores digerem os últimos desenvolvimentos em torno das preocupações com a estabilidade da banca, em particular do Credit Suisse, mas também o que poderá ser a decisão do Banco Central Europeu (BCE) cujo anúncio está marcado para esta quinta-feira e que deverá conduzir a mais uma subida das taxas de juro diretoras. Neste contexto, os juros da dívida inverteram a tendência de quarta-feira e sobem na generalidade do continente europeu.
As ações do Credit Suisse disparam 32%, superando novamente a fasquia dos dois francos, segundo a Reuters, depois de o banco ter assegurado um empréstimo de quase 51 mil milhões de euros do banco central da Suíça que acalmou, pelo menos para já, os receios de uma nova crise financeira global. No entanto, o banco chegou a registar um ganho de 40% no arranque das negociações esta quinta-feira, o maior na sua história, refere a Bloomberg. Na sessão anterior, tinha perdido mais de 24% e tocado mínimos históricos, abaixo de dois francos.
Outros bancos também recuperam algum fôlego neste início de dia. O BNP Paribas soma 3,4%, depois de ter afundado 10,1% na sessão anterior, e o Credit Agricole ganha 3,2%, na sequência de uma queda de 5,2%, segundo a Reuters. O índice setorial europeu Stoxx 600 Banks avança 3,3%, sinalizando a recuperação das ações da banca nesta sessão.
Na Europa, o Stoxx 600 valoriza-se em 1,2% e as principais praças registam ganhos que vão desde 1,4% no britânico FTSE 100 a 2,3% no espanhol IBEX-35. O português PSI recuperava mais de 1%, para 5.875,57 pontos, por volta das 8h12, com o BCP em particular a comandar as subidas, recuperando 2,33%, para 19,75 cêntimos.
Além da recuperação do BCP, também a Galp ganha 1,48%, para 9,856 euros, contribuindo para a subida do principal índice português. Este desempenho dá-se numa altura em que os preços do petróleo nos mercados internacionais negoceiam em alta. O Brent, referência para as importações nacionais, soma 0,9%, para 74,35 dólares.
Entre as cotadas de maior peso da bolsa, é de destacar ainda o ganho de 1,09% da EDP, a subida de 0,64% da EDP Renováveis e o avanço de 1,28% dos CTT, que apresentam resultados esta quinta-feira, após fecho das bolsas.
Quem também apresentou resultados esta quinta-feira, antes da abertura, foi a Sonae. No caso, a empresa que manda nos hipermercados Continente perde 0,29%, para 1,03 euros. Em concreto, revelou esta manhã que os lucros em 2022 subiram quase 28%, para 342 milhões de euros, mas que a margem operacional encolheu.
Enquanto isso, os juros da dívida soberana estão a subir de forma generalizada no continente europeu. A yield de referência das bunds alemãs sobe quase 13 pontos base, para 2,245%, enquanto os juros da dívida italiana no mesmo prazo sobem 6,2 pontos base, para 4,155%. Em Portugal, a taxa das obrigações a dez anos avança cerca de oito pontos base, para 3,178%, segundo dados da plataforma Investing.
(Notícia atualizada pela última vez às 8h44)
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