“Tubarão” Tim Vieira soma 40 escolas do futuro e prepara mais seis aberturas em Portugal

Empresário sul-africano quer preparar jovens portugueses para entrar nas principais universidades internacionais com escolas sem horário fixo e um currículo personalizado.

Em dois anos, Tim Vieira já conta com 40 escolas que preparam os jovens para o futuro. A Brave Generation Academy (BGA) já tem espaços em Portugal, Estados Unidos, Espanha, Moçambique, África do Sul, Quénia e Namíbia e, para este ano, só em Portugal o empresário prepara, pelo menos, mais seis aberturas. Apostar no interior do país é a principal meta da escola que quer ajudar jovens, entre os 12 e 18 anos, a descobrir as suas vocações de carreira. A marca das 40 escolas é atingida nesta sexta-feira com a inauguração do espaço em Ofir.

A BGA quer contrariar o modelo de ensino tradicional. Cada um dos hubs acolhe, no máximo, 30 estudantes, e não há horários fixos.

“Uma das grandes vantagens da BGA é a flexibilidade, uma vez que os alunos podem aprender ao seu próprio ritmo e fazer o seu próprio horário. Vivemos num momento em que os jovens lidam com as novas tecnologias e nas escolas tradicionais não encontram isso. Está tudo praticamente igual ao que se fazia quando eu estudava. Os jovens estão agarrados a um horário rígido que mal lhes dá tempo para explorarem outras atividades”, destaca à ECO Pessoas o empresário nascido na África do Sul.

Alunos da Brave Generation Academy têm acessos aos conteúdos 24 horas por dia.

A escola de Tim Vieira tem a certificação da Cambridge School e conta com três níveis de ensino (Lower Secondary, IGCSE e A-Levels), com a duração de dois anos cada. O ano letivo começa quando os jovens quiserem. Os alunos têm acesso a mentores que os podem ajudar no percurso e ainda os course managers (gestores de curso), responsáveis pelos conteúdos ensinados em cada uma das academias.

Vivemos num momento em que os jovens lidam com as novas tecnologias e nas escolas tradicionais não encontram isso. Está tudo praticamente igual ao que se fazia quando eu estudava. Os jovens estão agarrados a um horário rígido que mal lhes dá tempo para explorarem outras atividades

Tim Vieira

Fundador da Brave Generation Academy

Para frequentar a escola é necessário pagar 485 euros por mês, valor que cobre os custos da certificação internacional de Pearson e de Cambridge, “que abre portas nas melhores universidades do mundo”. A BGA, no entanto, proporciona bolsas de estudo. “Os nossos estudantes sentem que estão a fazer algo por eles, num ambiente acolhedor, de proximidade longe da estrutura pesada das escolas ditas normais que conhecem”, defende Tim Vieira.

“O nosso foco é o aluno, não é a turma. Queremos saber qual é o sonho de cada um e ajudar a atingir esse sonho preparando-o também para saber lidar com as dificuldades que vão encontrar e como ultrapassá-las de uma forma positiva. A BGA prepara cada um para o que sonha ser e também para um futuro desconhecido em que a aprendizagem não termina no último ano da faculdade, mas que o vai acompanhar ao longo de toda a vida”, sustenta um dos “tubarões” da primeira edição do Shark Tank em Portugal.

Programas de ensino têm duração de dois anos e preparam estudantes para as principais universidades internacionais.

A proposta de ensino está a conquistar empresas, clubes e câmaras municipais. No Fundão, por exemplo, vai abrir uma escola “porque foi a câmara que nos contactou, na sequência de um plano para captar investimento”. Nas empresas, há uma escola da BGA na sede da Sonae, na Maia. Nos clubes, o Royal Club de golfe, em Óbidos, também conta com um destes espaços. Também está prevista que nasça uma destas escolas na Comporta, onde está a ser desenvolvido o projeto da Vanguard.

As empresas globais, independentemente onde esteja a sua base física ou fiscal, não vão continuar a contratar com base nos currículos académicos, mas sim com base nas competências sociais [soft skills]. Os trabalhadores com capacidade de aprendizagem, atitude positiva no trabalho de equipa e capazes de resolver problemas com criatividade vão continuar a ser os mais requisitados.

Tim Vieira

Fundador da Brave Generation Academy

“As empresas globais, independentemente onde esteja a sua base física ou fiscal, não vão continuar a contratar com base nos currículos académicos, mas sim com base nas competências sociais [soft skills]. Os trabalhadores com capacidade de aprendizagem, atitude positiva no trabalho de equipa e capazes de resolver problemas com criatividade vão continuar a ser os mais requisitados”, antevê Tim Vieira.

Para os próximos meses está prevista a abertura de seis hubs da BGA, em Aveiro, Vilamoura, Coimbra, Viseu, Funchal e Tábua. No entanto, a academia pretende apostar mais no interior do país.

“Somos uma solução para os problemas que essas regiões enfrentam, como a desertificação e a falta de investimento. Para fixar e captar investimento quer interno como externo são precisos trabalhadores. E esses trabalhadores têm ou querem constituir família e uma das principais preocupações é a oferta de ensino de qualidade como a que encontram nos grandes centros urbanos.”

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