Emprego aumenta ligeiramente na Europa. Portugal contraria a tendência
Portugal é um dos 11 países que contraria a tendência de crescimento, tendo registado uma queda de 0,3 pontos percentuais na taxa de população ativa.
O emprego na União Europeia aumentou para 74,9% no quarto trimestre de 2022, tendo avançado 0,2 pontos percentuais (p.p) comparativamente ao trimestre anterior. Portugal é um dos 11 países que contraria a tendência, tendo registado uma quebra de 0,3 pontos percentuais, mostram dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.
Na UE, a taxa de emprego média (que mede a proporção de pessoas empregadas face à população desempregada) cresceu em duas décimas percentuais entre o terceiro e o quarto trimestre de 2022.
Enquanto o emprego aumentou em 12 Estados-membros da UE, com destaque para a Croácia (1,4 p.p), Malta (1,4 p.p) e Polónia (0.9 p.p), permaneceu estável na Bélgica, Alemanha, França e Roménia.
Por outro lado, a taxa de emprego encolheu em 11 Estados-membros, Portugal incluído. Ainda assim, foi na Lituânia que a quebra foi mais acentuada (1,5 p.p), seguida do Luxemburgo e da Dinamarca (ambos a registarem uma descida de 0,4 p.p).
“A folga no mercado de trabalho, que compreende todas as pessoas com necessidades de emprego não satisfeitas e das quais uma das principais componentes é o desemprego, ascendeu a 11,5% da mão de obra com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos no quarto trimestre de 2022, contra 11,6% no terceiro trimestre de 2022 (-0,1 p.p)”, lê-se na nota informativa do gabinete de estatísticas da UE.
Um em cada quatro desempregados europeus encontrou emprego
Entre o terceiro trimestre de 2022 e o quarto trimestre de 2022, 6,7 milhões de europeus mantiveram-se no desemprego. Ou seja, 51,1% dos desempregados não conseguiram encontrar um novo posto de trabalho. No entanto, cerca de 25% dos europeus (3,2 milhões de pessoas) conseguiram fazer essa transição entre o desemprego e o emprego, enquanto 3,2 milhões de desempregados (24,4%) passaram para a inatividade.
Segundo o Eurostat, são consideradas inativas as pessoas que estavam fora do mercado de trabalho, ou seja, nem estão empregadas nem estão desempregadas. Desse universo, constam, por exemplo, os estudantes e os pensionistas, que não trabalham nem estão disponíveis para trabalhar.
Por outro lado, entre aquelas pessoas que estavam empregadas entre o terceiro e quatro trimestres do ano passado, 2,5 milhões (1,2%) ficaram desempregadas, e 5 milhões (2,5%) transitaram diretamente para a inatividade económica.
Em contrapartida, 5,2 milhões dos europeus que estavam inativos (4,4%) conseguiram encontrar um novo emprego e 3,7 milhões de pessoas (3,2%) passaram ao desemprego.
(Notícia atualizada às 11h29)
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