PSI perde mais de 2% em dia vermelho na Europa. BCP cai 4% e Sonae afunda 7%
A praça lisboeta registou uma das maiores quedas entre as bolsas europeias. Cotadas da banca destacam-se nas perdas, com o Credit Suisse a afundar mais de 8%.
A última sessão da semana acabou por ser de perdas entre as bolsas europeias, apesar de ter começado com ganhos. A instabilidade no setor bancário continuou a preocupar os investidores e penalizou os índices, sendo que a praça lisboeta esteve entre as maiores quedas ao perder mais de 2%. O BCP caiu 4% mas o líder das perdas no PSI foi mesmo a Sonae, que afundou 7% depois de ter apresentado resultados.
Pelo Velho Continente, a semana terminou em terreno negativo. O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,3%, a par com o alemão Dax, enquanto o britânico FTSE 100 recuou 1%, o francês Cac 40 perdeu 1,4% e o espanhol Ibex desvalorizou 2%.
O destaque vai para o setor da banca, sendo que o índice europeu do setor caiu 2,58%. Com toda a turbulência no setor, o Stoxx Europe 600 Banks registou uma queda semanal de 11,5%, a maior desde março de 2022. O Credit Suisse sobressai entre as perdas, ao desvalorizar 8,01%, para 1,86 francos.
Em Lisboa, o índice de referência nacional recuou 2,42%, para os 5.724,12 pontos. Terminou o dia pintado de vermelho, sendo que entre as 15 cotadas, apenas uma — a Galp Energia — fechou a sessão em alta.
Foram os “pesos pesados” da bolsa que ditaram esta queda expressiva, nomeadamente a família EDP — a EDP Renováveis caiu mais de 3% e a casa-mãe mais de 1% — e o BCP, que perdeu 4,67% para os 0,1838 euros, mínimos de 19 de janeiro.
BCP cai 4% para mínimos de janeiro
Seria de esperar que o BCP estivesse entre os maiores penalizados da sessão, contagiado pelas quedas no setor bancário. No entanto, houve quedas ainda mais pronunciadas no índice português. A notícia de que a Fitch aumentou o rating do BCP em um nível, passando de “BB” para “BB+”, com o banco a ficar às portas de ser considerado “investimento de qualidade”, pode ter ajudado a travar perdas.
Ora, no fundo do índice esta sexta-feira acabou por ficar os CTT e a Greenvolt, com quedas de mais de 6%, e a Sonae, que recuou 7,77% para os 0,962 euros. A dona do Continente afunda para mínimos de 14 de fevereiro, um dia depois de anunciar lucros de 342 milhões de euros, 27,7% acima do registado no ano anterior.
Nos últimos dias, os investidores têm estado preocupados com a eventualidade de uma crise financeira global. Tudo começou com a falência do Silicon Valley Bank na última sexta-feira, à qual se seguiu o colapso do Signature no domingo. A turbulência ganhou expressão e teve respaldo nos mercados financeiros da Europa, em particular no setor bancário.
Apesar disto, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu voltar a aumentar as taxas de juro em 50 pontos base na quinta-feira. A instituição liderada por Christine Lagarde procurou tranquilizar os investidores e clientes dos bancos, garantindo que “o setor bancário da área do euro é resiliente, apresentando posições de capital e liquidez fortes”.
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