46 empresas avançam para projeto piloto da semana de quatro dias de trabalho

Quatro das empresas que vão participar no piloto promovido pelo Governo têm mais de 1.000 colaboradores. Ao todo, serão abrangidos 20 mil profissionais.

Um total de 46 empresas, das quais quatro com mais de 1.000 trabalhadores, decidiram avançar para a segunda fase do piloto da semana de quatro dias, cujo arranque está previsto para junho, foi revelado esta sexta-feira pela organização do piloto promovido pelo Governo. Um total de 20 mil colaboradores estará abrangido neste piloto, aponta Rita Fontinha, co-coordenadora do projeto com Pedro Gomes.

“Não fechamos a porta a que outras empresas queiram entrar já com o comboio em andamento”, diz Pedro Gomes, referindo que cada caso será analisado individualmente.

O número de empresas que vão participar na segunda fase do piloto representa uma redução face às 99 empresas que inicialmente mostraram interesse no projeto. Avança, assim, para a segunda fase da experiência cerca de metade das organizações, às quais se juntam oito empresas — que já tinham implementado o projeto — como associadas.

Preocupações com o nível de stress dos trabalhadores, facilitar a retenção dos trabalhadores, aumentar a qualidade do serviço e promover a inovação foram os principais motivos que levaram as empresas a analisar o projeto. Mas as atuais condições económicas externas acabaram por ser a principal razão invocada para não dar o passo seguinte, bem como o facto de poder requerer algum investimento da empresa caso a redução do horário laboral exigisse um recrutamento adicional, elenca Rita Fontinha, com base no estudo.

A nível geográfico, Lisboa (11), Porto (8), Coimbra (5) e Braga (4) reúnem o maior número de empresas aderentes, tendo ficado de fora da nova fase os Açores e Setúbal.

Refletindo o tecido empresarial português, a maioria das empresas tem até dez trabalhadores, mas há quatro empresas com mais de mil trabalhadores, destaca Rita Fontinha. Na nova fase participam, sobretudo, empresas da área de consultoria e educação. Contudo, participam igualmente empresas de atividades transformadoras, onde a adoção, devido ao tipo de atividades, poderá revelar-se mais complexa, mas “nas quais o benefício para a saúde mental será maior, mais do que naquelas onde já é possível o teletrabalho”.

(Notícia atualizada às 11h47)

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