Grã-Bretanha divulga plano de incentivos à indústria para acelerar transição energética

Entre os incentivos fiscais, surgem apoios para o setor das renováveis, para a produção de hidrogénio e a atribuição da classificação como energia "verde" à energia nuclear.

Depois dos Estados Unidos e da Comissão Europeia, chegou a vez da Grã-Bretanha divulgar o seu plano de incentivos à indústria para acelerar a descarbonização e a transição energética na região.

O pacote foi divulgado esta quinta-feira pelo Secretário de Estado da Segurança Energética, Grant Shapps, que revelou que se trata de um documento, com cerca de mil páginas, com medidas que visam garantir a segurança energética do país ao mesmo tempo que se procura atingir a neutralidade carbónica até 2050.

Entre os incentivos para as empresas, estão incluídas medidas para apoiar projetos de captura de carbono e para acelerar a produção de hidrogénio “verde”.

No âmbito das energias renováveis, os incentivos passam por impulsionar a construção de novas turbinas eólicas e painéis solares, e aumentar a capacidade de parques eólicos offshore. No fundo, o Governo pretende gerar 50 gigawatts (GW) de energia renovável a partir de eólica offshore até 2030.

Já para as famílias, os apoios passam por encorajar o abandono das caldeiras a gás natural em favor de bombas de calor alimentadas por eletricidade e por incentivos à mobilidade elétrica.

Além disso, a Grã-Bretanha vai passar atribuir à energia nuclear o carimbo de energia “verde”, à semelhança da Comissão Europeia. No anúncio desta quinta-feira, o governo revelou que iria incluir a energia nuclear na taxonomia “verde” do Reino Unido — um sistema utilizado pelos investidores para determinar se um investimento é ou não considerado como sustentável.

O secretário de Estado do Tesouro Jerem Hunt garante que a estratégia no país não surge como resposta ao Inflation Reduction Act, dos Estados Unidos nem ao Net Zero Industry Act, de Bruxelas, dois planos que têm como objetivo acelerar a transição energética e a descarbonização através de incentivos ficais.

Não vamos entrar numa corrida distorcida aos subsídios com os nossos amigos e aliados. Vamos canalizar o financiamento público de uma forma estratégica nas áreas onde o Reino Unido tem uma clara vantagem competitiva”, cita a Bloomberg as declarações do responsável.

 

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