Lei das Startups: o primeiro passo está dado. Podemos dar mais
É essencial que se entenda as críticas dos fundadores das empresas, e que se procure em conjunto evoluir a Lei das Startups, é fundamental para potenciar o bom momento que estamos a atravessar.
A nova Lei das Startups vem a jogo num momento importante para o país. É um passo relevante que envolveu várias entidades e exigiu muito trabalho, e que vem efetivamente resolver problemas. Este trabalho foi fundamental e traz soluções concretas, mas não invalida podermos ambicionar a mais para conseguirmos ser um polo de atração e retenção de inovação a nível internacional a longo prazo.
As preocupações levantadas pelos empreendedores que têm vindo a público são um alerta para auscultá-los e trabalhar em conjunto para evoluir a Lei das Startups para que seja mais ambiciosa e, ao mesmo tempo, justa. São, os empreendedores, um dos grandes motores da inovação nacional, bem como desempenham um papel importante na atração de investimento para a nossa economia. São também os decision makers das suas startups que decidem onde se vão localizar e, consequentemente, onde vão criar emprego.
O objetivo último de todos, e que esta lei visa dar resposta, é criar as condições para que este motor se continue a desenvolver e a alimentar o crescimento económico, permitindo que os empreendedores decidam manter as suas startups no país e que não tenham que se deslocar para fora quando começam a ganhar escala. É por isso fundamental ter um quadro legislativo que nos coloque na “Liga dos Campeões europeus” e que promova a criação e retenção de startups em early stage, para que possam transformar-se em scaleups em Portugal.
Estamos a atravessar um bom momento, com a vinda de empresas internacionais e o desenvolvimento de novos projetos inovadores, o que tem vindo a causar um dinamismo muito forte, resultando na criação de emprego, na qualificação da mão-de-obra e na atração de talento e de investimento. Não é novidade que a Web Summit tenha trazido 70 mil pessoas e mais de duas mil startups, só no ano passado. No entanto, ainda temos um ecossistema concentrado em early stage e, portanto, temos agora que assegurar as condições necessárias para que este ecossistema cresça e se torne relevante a nível internacional.
Olhando para o futuro, enfrentamos desafios importantes como a crescente escassez de talento tecnológico, até recentemente um dos nossos pontos fortes, a burocracia existente, a pouca oferta de habitação e de espaços de escritórios nos centros urbanos e um contexto de investimento mais conservador, sendo necessário encontrar soluções eficazes.
Vamos aproveitar o trabalho desenvolvido e o que esta Lei das Startups vem trazer desde já, e, ao mesmo tempo, continuar a trabalhar nos pontos fortes do amanhã: construir alicerces robustos com menos burocracia e com um quadro fiscal competitivo, promovendo um ecossistema colaborativo forte que atraia talento, investimento e inovação.
Para isso, é essencial que se entenda as críticas dos fundadores das empresas, e que se procure em conjunto evoluir a Lei das Startups, é fundamental para potenciar o bom momento que estamos a atravessar.
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