Antecessor de Medina nas Finanças já antecipa “desinflação sem dor”
Descida de preços da energia e abrandamento na subida dos juros deixam confiante o ex-ministro João Leão, que volta a apontar o dedo à gestão da TAP e defende fim do desconto fiscal nos combustíveis.
Com o preço dos produtos alimentares a ter tendência a estabilizar nos próximos seis meses e com os valores do gás e da eletricidade nos mercados internacionais já a baixarem, o ex-ministro das Finanças, João Leão, acredita numa redução da inflação “sem grande dor para a economia”. E com o Banco Central Europeu a ter também “mais calma na subida das taxas de juro”, perspetiva uma “desinflação sem dor”.
Numa entrevista ao Jornal de Negócios e Antena1 em que reitera não ter sabido da indemnização a Alexandra Reis e que a TAP “tinha o dever” de informar o Ministério das Finanças, o atual vice-reitor do ISCTE aconselha o Governo a garantir que a redução dos preços da energia se reflita nos preços ao consumidor, sobretudo nos setores mais regulados, dando o exemplo das telecomunicações. E sublinha ainda que, com a baixa igualmente nos custos das matérias-primas, as empresas têm agora mais “margem para melhorar os salários”.
Quanto ao IVA zero num cabaz de 44 produtos, João Leão admite que a medida é popular, mas teria sido preferível fortalecer as medidas de apoio às famílias mais carenciadas. Por outro lado, o antecessor de Fernando Medina defende a reposição do “nível de tributação que havia nos combustíveis”. “Percebo que nesta fase as famílias ainda estão muito vulneráveis, mas tem de haver um plano para ir repondo um nível de tributação razoável dos combustíveis, que ajuda a caminhar para uma economia mais verde e amiga do ambiente”, justifica.
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