Despesa pública ambiental aumentou 2,2% no ano da pandemia impulsionada pelo setor privado

No ano em que a economia abrandou devido à pandemia, a despesa ambiental registou um aumento de 2,2% atingindo os 3,3 milhões de euros. Valor representa 1,7% do PIB.

A despesa pública na proteção ambiental aumentou 2,2% em 2020, atingindo os 3,3 milhões de euros, isto num ano em que a pandemia obrigou a um abrandamento da atividade económica, resultando numa quebra “significativa” do PIB.

“Em 2020, em contraciclo com o comportamento da atividade económica em Portugal, a despesa nacional em proteção do ambiente (DNPA) aumentou 2,2%, atingindo 3.334,4 milhões de euros (1,7% do PIB)”, lê-se na publicação divulgada esta terça-feira pela pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, este aumentou resultou essencialmente da conjugação de variações positivas na despesa de consumo final de serviços de produção ambiental (+11,7%) e no investimento para a produção de serviços de produção ambiental (+10,2%), e uma variação negativa no Consumo intermédio (CI) de serviços de produção ambiental (-6,3%).

O setor privado foi responsável por mais de metade da despesa nacional em proteção do ambiente (DNPA), representando 53,3% do total, enquanto a administração pública e instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias (ISFLSF) representaram 25,8% do total.

A nota divulgada pelo gabinete de estatística indica que o setor ambiental que mais contribuiu para a DNPA foi a gestão dos resíduos (40,3%), seguido da gestão das águas residuais (32,4%). Já as atividades de investigação e desenvolvimento (I&D) representaram 10,3%.

Proteção ambiental gerou emprego

Além disso, revela o INE, o emprego para a produção dos serviços de proteção do ambiente representou 1% do emprego nacional, tendo o primeiro registado um aumento de 8,3%, em oposição ao decréscimo registado na economia (-2,2%), “evidenciando alguma resiliência”, lê-se no documento do INE.

Entre 2017 e 2020, o setor privado foi o que mais contribuiu para esta taxa de emprego (70,5%), cabendo às administrações públicas e ISFLSF os restantes 29,5%.

Por setor, o gabinete de estatísticas detalha que a gestão dos resíduos foi responsável por 39,8% do emprego, as outras atividades de proteção do ambiente por 22,1%, e as atividades de I&D para a proteção do ambiente por 16,7%.

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