FMI aconselha bancos e financeiras a terem reservas para riscos geopolíticos

O FMI aponta que as tensões geopolíticas "podem afetar o setor bancário através de vários canais", apesar de salientar que os bancos bem capitalizados "são menos afetados".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta para os riscos da fragmentação devido às tensões geopolíticas, nomeadamente no contexto da guerra na Ucrânia, avançando com recomendações para que os bancos e as instituições financeiras tenham reservas de capital. Os países também devem ter um nível de reservas internacionais fortes, aconselha a instituição.

“Com base nas avaliações de riscos geopolíticos, bancos e instituições financeiras não bancárias podem precisar de manter reservas adequadas de capital e liquidez para mitigar as consequências adversas dos crescentes riscos geopolíticos”, recomenda o FMI, no terceiro capítulo do Global Financial Stability Report, divulgado esta quarta-feira.

O FMI aponta que as tensões geopolíticas “podem afetar o setor bancário através de vários canais”, apesar de salientar que no geral, os bancos bem capitalizados “são menos afetados por choques geopolíticos do que aqueles que têm menos capital”.

A instituição deixa também recomendações ao nível dos países, defendendo que “a adequação da rede de segurança financeira global tem de ser garantida através de fortes níveis de reservas internacionais mantidas pelos países, acordos financeiros bilaterais e regionais e linhas de crédito preventivas de instituições financeiras internacionais”.

Já os bancos centrais devem estar atentos aos riscos potenciais à estabilidade financeira e “dedicar recursos à sua identificação, quantificação, gestão e mitigação”, considera o FMI.

Neste capítulo, a instituição passa ainda pelas remessas, que acabam por ser impactadas pelas sanções financeiras impostas devido à guerra na Ucrânia. O “custo médio do envio de remessas (ponderado pelo volume de remessas) para a Europa de Leste e para a Ásia Central aumentou 27,4% entre o final de 2021 e o segundo trimestre de 2022”, indicam.

Fonte: FMI

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