Trabalhadores do Mais Sindicato em greve nos dias 19 e 20 de abril
O sindicato, que representa também trabalhadores do setor bancário, é criticado pela “ausência de aumentos salariais há mais de 10 anos” e "práticas de total desrespeito pelos trabalhadores".
Os trabalhadores do Mais Sindicato, que incluem os funcionários do SAMS, convocaram uma greve para os dias 19 e 20 de abril acusando a entidade de “total desrespeito” e ausência de aumentos “há mais de 10 anos”.
Segundo um comunicado do Sitese – Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços, em que deu conta do pré-aviso de greve, os representantes dos trabalhadores “tudo têm feito no sentido de obter soluções de consenso no que concerne a vários problemas de natureza laboral que têm proliferado no Mais Sindicato”.
“Mais recentemente e face ao indiscutível e galopante aumento dos bens essenciais, das taxas de juro, dos transportes, combustíveis e dos bens de primeira necessidade, apresentaram propostas de aumentos salariais para fazer face a estas realidades”, destacaram, garantindo que da parte do Mais Sindicato, também conhecido por representar os trabalhadores do setor bancário, “assiste-se a um total desrespeito pelos trabalhadores, com a apresentação de uma proposta, escudada em argumentos inaceitáveis, totalmente inaceitável e concretizadora de uma tremenda perda de poder de compra”.
O Sitese garantiu que “o Mais Sindicato tem adotado” há muito tempo “práticas de total desrespeito pelos trabalhadores e ORTS [organizações representativas dos trabalhadores], apesar de todos os esforços feitos por estas para encontrar soluções consensuais”.
O sindicato apontou a “falta de pagamento do trabalho suplementar de muitos trabalhadores” a “prática de atos discriminatórios, designadamente em sede de premiações”, a “ausência de aumentos salariais há mais de 10 anos”, a “tentativa de obstaculização da atividade sindical”, o “incumprimento reiterado de compromissos com os sindicatos” e “ataques inaceitáveis aos direitos de parentalidade”.
Por isso, destacaram, e por considerarem que “os trabalhadores merecem mais respeito e esperam, desde janeiro, por aumentos salariais condignos adequados ao agravamento do custo de vida”, decidiram emitir um aviso prévio de greve, abrangendo todos os trabalhadores do Mais Sindicato das 00:00 horas do dia 19 de abril às 24:00 horas do dia 20 de abril.
Contactado pela Lusa, o Mais Sindicato disse que “estão a decorrer negociações, tendo só sido realizada uma reunião com cada sindicato”. Questionado sobre as possíveis perturbações causadas pela paralisação, fonte oficial da entidade disse que “todas as greves podem ter perturbações”.
“No entanto, e tal como aconteceu com a manifestação realizada no passado dia 28 de março, não contamos que tenha grande adesão”, ressalvou. O Mais Sindicato conta, neste momento, com 1.359 trabalhadores, adiantou. O SAMS, gerido pelo Mais Sindicato, é um subsistema privado de saúde, está espalhado por todo o país e inclui o Hospital SAMS, o Centro Clínico de Lisboa, 17 clínicas pelo país, serviço de ótica, parafarmácia e um lar de idosos, de acordo com informação no seu site.
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