Programadores, operadores de caixa, analistas de sistemas… Estas foram as dez profissões mais procuradas em 2022
O Top 10 é maioritariamente composto por profissões com uma forte componente tecnológica e com ligação ao setor do comércio.
Programadores de software, operadores de caixa e outros trabalhadores relacionados com vendas e analistas de sistemas. Estas foram as três profissões mais procuradas em 2022 pelos empregadores. O Top 10 é maioritariamente composto por profissões com uma forte componente tecnológica e com ligação ao setor do comércio, segundo os dados do “Guia para pais e filhos: como escolher a área de estudos no secundário?”, da Fundação José Neves (FJN), que volta a ajudar pais e filhos a fazerem escolhas informadas sobre que áreas de estudo escolher após a conclusão do ensino básico.
“A chegada ao secundário pode ser encarada como um momento decisivo na carreira académica dos jovens portugueses. Obter a melhor informação sobre as opções existentes é fundamental para uma escolha consciente. A consulta deste guia permite quer a estudantes, quer a pais o acesso a informação relevante para a melhor e mais adequada decisão sobre uma de duas vias, a científico-humanística e a profissional, com dados sobre o impacto das mesmas no curto e no longo prazo”, salienta Carlos Oliveira, presidente Executivo da Fundação José Neves.
Os dados da FJN dão assim indicações sobre as profissões mais procuradas pelos empregadores em 2022, que podem ajudar na decisão. “Há oito profissões que se encontravam entre as mais procuradas, quer em 2021 como em 2022”, aponta a Fundação.
Assim, a primeira e segunda posições consolidam os lugares alcançados já em 2021, mantendo-se como as profissões com maior procura por parte dos empregadores. Falamos dos programadores de software e operadores de caixa e outros trabalhadores relacionados com vendas. Entram, agora, para o pódio também os analistas de sistemas.
A quarta posição que registou maior procura no ano passado, segundo os dados da FJN, foi a de empregado de mesa e bar. Esta foi também a que mais escalou no ranking de 2021 para 2022, tendo subido um total de sete patamares.
Também com um aumento considerável estão os empregados de escritório, técnicos de secretariado e operadores de processamento de dados, que passaram da 10.ª posição, em 2021, para a 5.ª posição, em 2022.
Já a segunda metade do Top 10 é composta pelos técnicos de apoio aos utilizadores das tecnologias da informação e comunicação (TIC) — caíram três patamares –, especialistas em recursos humanos (desceram duas posições), engenheiros biomédicos, de engenhos de explosivos, de salvamento marítimo, de materiais, óticos e de segurança (mantiveram a mesma classificação face ao ano anterior), representantes comerciais (desceram três posições) e diretores de investigação e desenvolvimento (subiram dois lugares no ranking).
Programadores web e de multimédia e mecânicos e reparadores fora do Top 10
Assim, de 2021 para 2022, as duas profissões que passaram a figurar no top das mais procuradas foram empregados de mesa e bar e também diretores de investigação e desenvolvimento.
No sentido oposto, há duas profissões que saíram do top das mais procuradas encontravam-se, em 2022, nas posições 13.ª (comparativamente à 7.ª em 2021) e 16.ª (face à 9.ª em 2021) do ranking. São elas programadores web e de multimédia e mecânicos e reparadores de máquinas e de veículos terrestres.
FJN quer ajudar jovens a escolher a sua área de estudos
A informação disponibilizada pela Fundação José Neves faz parte do Guia que pretende ajudar os alunos a decidir, de forma consciente, a área de estudos que pretendem seguir. Dúvidas que começam, desde logo, quando o 9.º ano termina. Qual será a melhor opção? Enveredar pelo ensino secundário geral, constituído pelos cursos científico-humanísticos, ou por um curso profissional? E se a escolha for o ensino secundário geral, qual a área mais indicada?
Os dados revelam que 83% dos jovens que optaram pelo ensino secundário geral prosseguiram os seus estudos para universidades ou politécnicos.
“A chegada ao secundário pode ser encarada como um momento decisivo na carreira académica dos jovens portugueses. Obter a melhor informação sobre as opções existentes é fundamental para uma escolha consciente. A consulta deste guia permite quer a estudantes, quer a pais o acesso a informação relevante para a melhor e mais adequada decisão sobre uma de duas vias, a científico-humanística e a profissional, com dados sobre o impacto das mesmas no curto e no longo prazo”, salienta Carlos Oliveira, presidente Executivo da Fundação José Neves.
O Guia pretende, assim, contribuir para possuir “informação que torne realidade os objetivos”, “não dramatizar a decisão, pois nada é irreversível”, “refletir sobre as disciplinas escolares e atividades mais apreciadas”, “conhecer as opções disponíveis e os caminhos educativos e profissionais a que cada opção leva, “pedir conselhos, mas pensar pela própria cabeça”, “aproveitar o ensino secundário para explorar novas atividades” e “considerar investir no ensino superior”.
Independentemente da escolha, o Guia ressalva que haverá sempre oportunidades para mudar de caminho ou de área. “As mudanças são vistas como um processo normal, devido aos rápidos avanços da tecnologia e das alterações das tendências do mercado de trabalho. Contudo, é recomendado que os alunos resistam à tentação de optar por vias que pareçam ser mais fáceis, evitando condicionar a sua escolha por disciplinas de que não gostam ou em que tiveram uma má nota, resolver a sua indecisão com uma escolha ao acaso ou deixando outros decidir por si”, refere a ainda fundação.
O “Guia para pais e filhos: como escolher a área de estudos no secundário?” pode ser consultado na íntegra ou descarregado através deste link.
Ensino superior garante salário 114% mais alto do que 3.º ciclo do ensino básico
No que toca às remunerações, o documento assinala também que os alunos que prosseguem e completam o ensino superior têm vantagens salariais e maior facilidade em encontrar emprego comparativamente com quem opta por não prosseguir os estudos, ficando com o ensino secundário completado. Em média, os salários são 42% mais elevados e a taxa de empregabilidade é superior em 10%.
Dados recentemente publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que o grau de escolaridade e a idade são fatores que fazem aumentar o salário médio dos portugueses, ainda que o primeiro proporcione o maior diferencial. Em 2021, quem tinha completado o ensino superior ganhava, em média, um ordenado de 2.414 euros brutos mensais, mais 114,4% (ou seja, 1.288 euros) do que aqueles que tinham, no máximo, o 3.º ciclo do ensino básico, isto é, até ao 9.º ano. Para estes, o salário médio situava-se nos 1.126 euros.
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