Subida dos preços na produção industrial abranda para 6,3% no 1.º trimestre
Desaceleração do agrupamento de energia foi o principal contributo para o desempenho: passou de um aumento de 13,3% no quarto trimestre de 2022 para uma queda de 5,9% entre janeiro e março de 2023.
O crescimento dos preços na produção industrial abrandou de 13,6% no primeiro trimestre do ano passado para 6,3% em igual período deste ano, anunciou nesta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O aumento homólogo do índice de preços na produção industrial situou-se em 6,3%, abrandando 7,3 pontos percentuais (p.p.) face à subida de 13,6% observada no quarto trimestre do ano passado.
Esta evolução foi fortemente influenciada pela desaceleração do agrupamento de energia, que passou de um aumento de 13,3% no quarto trimestre de 2022 para uma queda de 5,9% no trimestre em análise, com contributos de +3,1 p.p. e -1,4 p.p., respetivamente.
O INE refere ainda que o crescimento dos preços na produção industrial desacelerou para 0,2% em março deste ano, depois de ter aumentado 8,2% no mês anterior, tendo sido influenciado pela queda dos preços da energia.
O aumento homólogo do índice de preços na produção industrial de 0,2% em março deste ano, representou uma queda de “8,7 pontos percentuais (p.p.)” em relação ao crescimento registado no mês anterior, sendo que o resultado divulgado em março é “o mais baixo dos últimos 24 meses”, prolongando o abrandamento dos preços na indústria que se regista desde julho de 2022, segundo o INE.
O instituto de estatística refere também que a redução em 21,2% dos preços da energia foi “decisiva para o forte abrandamento” do índice de preços na produção industrial (IPPI).
E prossegue: “O agrupamento de preços de energia foi decisivo para a intensidade de desaceleração do índice total, contribuindo com 6,5 pontos percentuais (p.p.) para os 8,7 pontos percentuais (p.p.) de abrandamento, ao passar de um aumento de 3,3% em fevereiro para uma diminuição de 21,2% em março”.
O INE assinala igualmente que o perfil de “forte redução” de preços na energia foi “semelhante” nas suas duas componentes (eletricidade e produtos petrolíferos), salientando que sem este agrupamento, o aumento do índice agregado foi de 8,1%, contra uma subida de 10,6% em fevereiro deste ano.
Em termos mensais, o índice de preços na produção industrial (IPPI) registou uma queda de 2,2% em março, contra uma subida de 6,3% em igual período de 2022, refletindo, mais uma vez, a “forte influência” do agrupamento de energia, cuja queda foi de 8,3%, contra uma subida 20,2% em março de 2022, contribuindo com -1,9 pontos percentuais (p.p.) para a evolução do índice total.
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