Hoteleiros portugueses estão otimistas quanto ao futuro

  • Lusa
  • 20 Abril 2023

A “maioria dos hoteleiros prevê que, em todos os trimestres, 2023 será melhor do que 2019 e 2022”, destacou a Associação da Hotelaria de Portugal.

Os hoteleiros portugueses estão otimistas quanto ao futuro, com a maioria dos inquiridos num estudo a afirmar que a evolução dos últimos seis meses “foi boa ou muito boa”, segundo um estudo apresentado esta quinta-feira pela Booking e pela AHP.

Segundo um comunicado, a Booking.com, em colaboração com a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), apresentou “os resultados do ‘European Accommodation Barometer 2022’ realizado pela Statista e o relatório ‘Economic impact of online travel agencies in Europe’ pela Oxford Economics”.

Assim, “85% dos portugueses inquiridos (um valor muito superior à média europeia: 70%), afirmaram que a evolução dos últimos seis meses foi boa ou muito boa, bem como o aumento das taxas de ocupação, sobretudo no último semestre ano”, de acordo com a mesma nota, divulgada pela AHP.

“De um modo geral, o mercado português manifestou uma perspetiva positiva para o futuro: mais de um terço (58%) espera que a sua situação financeira evolua positivamente”, segundo o comunicado. No entanto, quanto à retoma, “54% dos inquiridos dizem que já atingiram os níveis de 2019, mas 46% afirmam que só irão retomar os níveis pré-pandemia entre o 1.º semestre de 2023 e o 2.º semestre de 2024”, disse a AHP, citando dados de um inquérito cujos resultados publicou em março.

Por outro lado, quanto aos três indicadores mais usados na hotelaria, TO (taxa de ocupação), ARR (preço médio por quarto vendido) e receitas, a “maioria dos hoteleiros prevê que, em todos os trimestres, 2023 será melhor do que 2019 e 2022”, destacou a AHP.

Segundo o comunicado, “no curto prazo, os hoteleiros estão preocupados com a crise energética causada pela guerra na Ucrânia e os desafios económicos”, sendo que “a grande maioria (89%) dos hoteleiros portugueses indicou que o custo da energia é um dos maiores desafios que enfrentam”. Estes empresários “preocuparam-se também com a situação económica geral (59%) e, embora em menor grau, com os impostos (39%) e com a grande concorrência que existe com outros alojamentos (33%)”.

Por outro lado, “a preparação dos hoteleiros portugueses para a transformação digital é moderada”, lê-se na mesma nota, “sendo que quase metade dos entrevistados (49%) indicou que sua preparação para a transformação digital era boa ou muito boa, enquanto 13% estavam insatisfeitos com seu esforço de digitalização”.

Assim, “comparando a aptidão geral para a transformação digital e desafios relacionados com a sustentabilidade, os hoteleiros europeus não estão tão atualizados quando se trata deste domínio, com apenas 30% dos entrevistados a afirmarem que estão preparados para os desafios da sustentabilidade e da descarbonização, e 18% a consideram que tal preparação foi insuficiente”, referiu.

Segundo o estudo, “em Portugal, 69% dos hoteleiros inquiridos consideraram importantes as políticas governamentais, referindo que estas medidas têm uma influência considerável nas empresas hoteleiras”, sendo que, “além disso, 38% destacaram o impacto esperado de tais políticas como benéfico”.

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