Líder do Bloco considera que “João Galamba tem muito poucas condições para continuar”
Catarina Martins acha “muito estranho” silêncio do primeiro-ministro e diz que todo o governo está “fragilizado”.
A coordenadora do Bloco de Esquerda considera que João Galamba “tem muito poucas condições para continuar no Governo”, pois mentiu sobre a reunião com a antiga CEO da TAP com o grupo parlamenta do PS e omitiu que ele próprio tinha tido antes uma reunião com Christine Ourmières-Widener. Catarina Martins acha “muito estranho” o silêncio do primeiro-ministro, António Costa.
“É urgente que o primeiro-ministro fale ao país”, afirmou Catarina Martins em declarações transmitidas pela Sic Notícias, depois de João Galamba ter dado explicações sobre a polémica com o seu antigo adjunto, Frederico Pinheiro.
Para a líder do Bloco, é “muito claro que o ministro João Galamba tem muito poucas condições para continuar no governo”.
“Ficamos a saber que mentiu porque foi ele que convidou a CEO da TAP para uma reunião do grupo parlamentar do PS. Ficamos a saber só agora. Tinha sido negado esse convite até há pouco tempo. Omitiu que antes disso ele próprio tinha reunido com a CEO da TAP e escondeu sempre que tinha sido ele a organizar a reunião”, apontou.
Catarina Martins lembrou que este não é caso único. “O ministro João Galamba e o ministro Fernando Medina fizeram uma conferência de imprensa ao país a dizer que havia um despedimento com justa causa da CEO da TAP, cuja fundamentação jurídica só veio pedir depois”. Segundo disse, “é um tema muito sensível para o Estado porque é a credibilidade do Estado que está em causa em todo este processo”.
Nesse sentido, a dirigente bloquista considerou que “todo o governo está fragilizado” e que “é absolutamente urgente que o primeiro-ministro fale ao país”.
“Percebo que o Presidente da República queira falar primeiro com o primeiro-ministro. O que não percebo é que o primeiro-ministro não fale ao país”, afirmou.
Questionada sobre a necessidade de dissolução do Parlamento, para a queda do Governo, Catarina Martins não respondeu diretamente, sublinhando antes que a “fragilização” do Executivo é “óbvia” e que a comissão parlamentar de inquérito precisa de ter acesso a todas as informações.
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