Taxa de juro dos depósitos tem maior subida em 12 anos para 0,9%
A taxa de juro dos novos depósitos para particulares registou a maior subida mensal desde 2011, mas Portugal continua a ser o país da Zona Euro com a segunda taxa mais baixa.
Os bancos continuam a aumentar a remuneração dos depósitos. Segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal, a taxa de juro dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou 35 pontos base em março, para 0,9%.
Segundo o Banco de Portugal, é a “maior subida mensal desde 2011” e o valor mais elevado desde dezembro de 2015.
Fonte: Banco de Portugal.
No entanto, a entidade liderada por Mário Centeno nota que Portugal é o país da área do euro com a segunda taxa mais baixa. Apenas os bancos do Chipre mostram-se menos generosos que a banca nacional, remunerando as famílias com uma taxa de juro de apenas 0,44%.
Segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal, a remuneração média dos depósitos dos bancos da Zona Euro (2,44%) é 2,7 vezes superior ao que os bancos nacionais pagam pelas poupanças das famílias portuguesas.
Entre os bancos mais generosos estão as instituições financeiras francesas e italianas que, em março, apresentaram uma taxa de juro média dos depósitos de 2,77% e 2,75%, respetivamente.
Apesar de pagaram pouco face à média da Zona Euro, as famílias continuam a aplicar o seu aforro em depósitos. Segundo o Banco de Portugal, “o montante de novos depósitos a prazo de particulares totalizou 7.563 milhões de euros [em março], mais 1.663 milhões do que no mês anterior”.
Os dados do Banco de Portugal mostram ainda que os novos depósitos com prazo até um ano foram remunerados, em média, a 0,88% (0,56% em fevereiro), “o valor mais alto desde março de 2015”.
E ainda que a remuneração média dos novos depósitos de um a dois anos foi de 1,12% (1,15% em fevereiro) e a dos novos depósitos acima de dois anos foi de 0,79% (0,54% em fevereiro).
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