Depois do chumbo à OPA, lucros da Sonaecom caem 75% no primeiro trimestre

Empresa de tecnologias, telecomunicações e media do grupo Sonae encolhe lucros para 5,2 milhões no primeiro trimestre. Vendas subiram para quatro milhões, impulsionadas pelo Público e Bright Pixel.

A Sonaecom, que no mês passado viu a OPA cair por terra, registou um resultado líquido de 5,2 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que significa uma descida de 75% face aos quase 21 milhões de lucro que tinha obtido entre janeiro e março do ano passado.

Em comunicado enviado esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa de tecnologias, telecomunicações e media do grupo Sonae justifica que o resultado no arranque de 2023 foi “negativamente impactado pelos impactos cambiais no justo valor do portefólio registado nos resultados indiretos”.

Nos primeiros três meses de 2023, o volume de negócios consolidado cresceu de 3,7 para quatro milhões de euros, impulsionado pela área de media – as receitas do jornal Público subiram 4% neste período, embora aponte uma “queda de rentabilidade” por via dos custos diretos, sobretudo papel e energia – e pelos investimentos em tecnologia (Bright Pixel).

Nesta área do investimento tecnológico, até março investiu 14 milhões de euros em três participações minoritárias, entre as quais destaca a plataforma de machine learning Seldon e a plataforma automatizada para prevenção de ciberataques PicNic, que conduziram a aumento do NAV (net asset value) e do capital investido no portefólio ativo para 316 milhões e 148 milhões de euros, respetivamente.

no setor das telecomunicações, em que a Nos registou um aumento das receitas consolidadas para 381 milhões de euros, “o valor mais elevado de depreciações, devido aos elevados níveis de CAPEX registados em 2021 e 2022, conjuntamente com custos de financiamento mais elevados, conduziram a um declínio de 15,1% no resultado líquido atribuível aos acionistas”.

Em meados de abril, a Sonae anunciou o fim da OPA à Sonaecom. A operação foi chumbada pelos pequenos acionistas que não aceitaram vender as suas ações à Sonae por 2,5 euros. O grupo liderado por Cláudia Azevedo conseguiu comprar menos de 12% das ações de que necessitava para lançar uma aquisição potestativa. Na próxima sexta-feira, a Sonaecom, que teve um lucro consolidado de 143 milhões em 2022, vai pagar aos acionistas um dividendo de 3 cêntimos por ação.

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