CGD vende sede em Paris e arrecada 36 milhões em mais-valias
O banco do Estado vendeu o edifício onde, desde 2007, funcionava a sede da sucursal de França. O negócio contribuiu para uma subida de 160% dos resultados operacionais da CGD em França.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vendeu o edifício onde, desde 2007, funcionava a sede da sucursal de França do banco público, em Paris. A transação foi concluída a 14 de junho de 2022 e foi confirmada ao ECO pela CGD que, “por motivos de confidencialidade comercial”, não revela quem foi o investidor nem o valor da venda do imóvel localizado na Rue de Provence, no centro de Paris.
No entanto, o relatório de gestão e contas do banco revela que a CGD arrecadou 35,9 milhões de euros em mais-valias com esta transação. O valor ultrapassa as mais-valias com a venda de imóveis da CGD em Portugal que em 2022 ascenderam a 25 milhões de euros.
A CGD explicou ainda ao ECO que as instalações da sede em França foram “mudadas para um novo edifício” arrendado pelo banco “a cerca de 200 metros de distância” do antigo edifício, na Rue des Italiens.
No documento lê-se ainda que esta transação da CGD em França, onde funcionam 48 agências, prossegue com “o objetivo de racionalizar os espaços físicos com a busca de soluções mais adaptadas às necessidades atuais e futuras das equipas de trabalho da sede da sucursal”.
A CGD escreve ainda no relatório que, “esta operação permitiu à sucursal beneficiar de um resultado não recorrente e, consequentemente, registar um reforço de performance ao nível dos resultados no mercado francês”, que culminou num resultado operacional de 44,5 milhões de euros, cerca de 160% acima do valor contabilizado em 2021.
Por outro lado, os custos de estrutura do banco do Estado em França “aumentaram 7,5 milhões de euros (+12,7%), explicado em larga escala pelos custos decorrentes da venda da sede e arrendamento de novas instalações”.
Em Lisboa, a CGD também vai entregar o edifício sede, no Campo Pequeno, avaliado entre 280 milhões e 300 milhões de euros. O comprador é o Estado, que receberá o imóvel como parte dos dividendos referentes ao exercício de 2022.
O imóvel vai acolher a maioria dos ministérios. A mudança vai acontecer de forma gradual, e a saída do banco ficará concluída no prazo máximo de quatro anos, tendo ainda de procurar novas instalações para a nova sede.
O Governo anunciou que os ministérios da Presidência, das Infraestruturas e Habitação, da Economia e Mar, do Ambiente e Ação Climática e da Coesão Territorial vão ser os primeiros cinco ministérios a mudar-se para o edifício na Avenida João XXI.
O edifício é detido pelo Fundo de Pensões da CGD, cujo património será transferido para o Banco Caixa Geral de Depósitos, antes de passar para o Estado.
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