Cavaco quis “alimentar frenesim” da direita para criar “crise política artificial”, diz Costa

Chefe de Governo considera que a intervenção de Cavaco quis "alimentar o frenesim" da direita, que, segundo António Costa, pretende " criar o mais rapidamente possível uma crise política artificial".

O primeiro-ministro considera que a intervenção do antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva serviu para “alimentar o frenesim” da direita, que, segundo António Costa, pretende “criar o mais rapidamente possível uma crise política artificial”.

António Costa sublinhou que o antigo líder dos social-democratas é um “profundo conhecedor dos ciclos económicos”, pelo que “percebe bem a dinâmica em que estamos”. “A economia está a dar a volta às grandes dificuldades que teve que enfrentar, com a pandemia, com o início da guerra e com a inflação”, assegura o primeiro-ministro.

Portanto, [Cavaco Silva] foi alimentar aquele frenesim em que a direita portuguesa agora está de querer criar o mais rapidamente possível um crise política artificial, de forma a que os portugueses sintam, como têm direito a sentir, os benefícios desta recuperação económica”, afirmou o chefe de Governo, em declarações transmitidas pelas televisões, à margem do almoço comemorativo dos 25 anos da Expo 98.

Além disso, o chefe de Governo acusou ainda Cavaco Silva de despir o “fato institucional” e de “estadista” para “vestir a t-shirt de militante partidário” e fazer um “discurso inflamado para animar as suas hostes partidárias”, atirou, sublinhando que não se sente “beliscado” pelas palavras do antigo Presidente da República.

A reação de António Costa surge depois de este fim de semana, durante um encontro de autarcas de sociais-democratas, Cavaco Silva ter afirmado que o primeiro-ministro “perdeu a autoridade” e que o Executivo passa “os dias a mentir”. O ex-Presidente da República sugeriu ainda a Costa que se demitisse e garantiu que Montenegro está preparado para liderar o país.

Para o primeiro-ministro, apenas “uma crise política poderia interromper a dinâmica” da economia. Costa fez ainda referência aos dados do emprego “em máximos históricos”, bem como ao facto de os “rendimentos começarem a melhorar” a a inflação a “baixar” e ao facto de Portugal ter sido o segundo país da UE que mais cresceu em cadeia no primeiro trimestre de 2023.

Questionado sobre as recentes revelações feitas na comissão parlamentar de inquérito à TAP, nomeadamente sobre as acusações de agressão mútuas entre o antigo adjunto do ministro das Infraestruturas e as assessoras de João Galamba, bem como a recuperação do computador de Frederico Pinheiro, António Costa desvaloriza e recusa que aja “contradições”.

Um episódio por muito deplorável que seja não se torna no principal problema do país”, afirma Costa, sublinhando que é preciso “focar no que é importante e essencial”. “O Governo está em plena atividade a executar o seu programa e a execução está a dar bons resultados”, conclui.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h56)

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