Primeiro leilão offshore vai colocar a concurso quatro lotes até 2 GW

O relatório final, a ser publicado pelo grupo de trabalho, deverá colocar a concurso quatro lotes, cada um com uma capacidade de 500 MW, entre Viana do Castelo e Sines, adiantou a DGRM.

O primeiro procedimento concorrencial para a instalação de eólicas sobre o mar vai começar por licitar até cerca de 2 gigawatt (GW) de capacidade, que deverão ficar distribuídos por quatro lotes entre Viana do Castelo e Sines. A novidade foi adiantada pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática e detalhada pelo diretor geral da Direção Geral de Recursos Marítimos (DGRM), esta quarta-feira.

Segundo José Carlos Simão, diretor-geral da DGRM, o primeiro leilão deverá colocar a concurso quatro lotes, sendo que um está por confirmar, cada um com uma potência de 500 megawatts (MW) de capacidade. Feitas as contas, o primeiro leilão deverá ter uma capacidade entre 1,5 GW e 2 GW, sendo que a ambição do Governo é chegar a 2030 com uma potência instalada de eólicas offshore de 10 GW.

Durante a sua intervenção no Oceanic Renewables Summit, esta quarta-feira, em Lisboa, o responsável deu conta que o relatório final, a publicar até ao final do mês, colocará em leilão um lote em Viana do Castelo, dois lotes na Figueira da Foz e um em Sines, embora tenha detalhado que este último ainda está por confirmar.

“Das áreas selecionadas, vamos selecionar um grupo para fazer o primeiro procedimento. Em princípio, está previsto que no primeiro procedimento sejam selecionados lotes destas áreas com uma capacidade de produção de 500 MW: um lote ao largo de Viana de Castelo, dois lotes em frente à Figueira da Foz e um lote em Sines, ainda sujeito a confirmação. Com isto vamos criando as bases para que o processo se desenvolva”, referiu o responsável durante a sua apresentação.

À margem da conferência, Duarte Cordeiro já tinha confirmado aos jornalistas que o valor do primeiro leilão seria superior a 1 GW de capacidade, detalhando que as primeiras áreas a serem submetidas a concurso estariam localizadas a norte do país.

“Sabemos que [o leilão] tem muito interesse, tentaremos [lançá-lo] o mais breve possível”, afirmou Duarte Cordeiro, em declarações à margem do evento, realizado pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN). Questionado sobre se o primeiro procedimento concorrencial deste leilão poderá ser superior a 1 GW, Duarte Cordeiro confirmou, não querendo, no entanto, comprometer-se com valores exatos até à publicação do relatório final elaborado pelo grupo de trabalho. O documento está previsto que seja lançado até dia 31 de maio.

Quantos às áreas, o governante adiantou que o Governo tentará “sempre começar pelas zonas de maior interesse”, acrescentando que, “intuitivamente”, “o mais natural é começar de norte para sul”.

No que toca à data oficial para a realização desta primeira fase do concurso, Duarte Cordeiro não avançou detalhes, acrescentando que só depois da aprovação em Conselho de Ministros do Plano de Ordenamento Costeiro, é que “poderá ser lançado o primeiro leilão”, algo que deverá acontecer em outubro, tal como revelou José Carlos Simão.

“Estamos comprometidos com esse objetivo até ao final deste ano e tentaremos que seja o mais breve possível. Sabemos que existe muito interesse por parte das empresas e o Governo também tem interesse em que o primeiro leilão possa ser rápido”, esclareceu Duarte Cordeiro.

Notícia atualizada às 13h12

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