Só Metro de Lisboa e transporte fluvial de passageiros não superam níveis pré-pandemia
No primeiro trimestre deste ano, o transporte de passageiros aumentou 54,3% por via aérea, 18% por comboio, 39,7% por metropolitano e 32,4% por via fluvial face ao mesmo período de 2022.
O transporte de passageiros durante os primeiros três meses deste ano continuou a crescer, tendo aumentado 54,3% por via aérea, 18% por comboio, 39,7% por metropolitano e 32,4% por via fluvial em termos homólogos, segundo os dados sobre a atividade dos transportes divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Face ao mesmo período de 2019, apenas o transporte fluvial registou uma diminuição do número de passageiros (-1,6%).
Entre janeiro e março, os aeroportos nacionais movimentaram 12,9 milhões de passageiros, uma subida de 54,3% em relação ao mesmo período de 2022 e de 15,1% face ao primeiro trimestre de 2019, ainda sem os efeitos da pandemia de Covid-19. Cerca de 49 mil aeronaves comerciais aterraram nos aeroportos nacionais, mais 28,2% face ao trimestre homólogo de 2022 (+7,1% relativamente ao pré-pandemia), enquanto o movimento de carga e correio caiu 0,2%, para 52,8 mil toneladas (+11,8% face ao primeiro trimestre de 2019).
Aeronaves, passageiros e carga/correio nos aeroportos nacionais
Só o aeroporto de Lisboa movimentou mais de metade do total de passageiros (55,3%, 7,1 milhões), valor que representa um aumento homólogo de 57,6% (ou +13,9% face ao mesmo período de 2019). Com 2,9 milhões, o aeroporto do Porto concentrou 22,7% do total de passageiros, mais 49,8% face aos primeiros três meses do ano passado (+12,1% face ao primeiro trimestre de 2019), enquanto o aeroporto de Faro foi o terceiro aeroporto com maior movimento de passageiros no período em análise, com 1,1 milhões (8,6% do total).
Por comboio e metropolitano, foram transportados, no primeiro trimestre do ano, 44,3 milhões e 64,6 milhões de passageiros, respetivamente, números que representam acréscimos de 18% e 39,7%, pela mesma ordem, face ao mesmo período do ano passado. Comparando com o primeiro trimestre de 2019, verificaram-se aumentos de 19,3% e 3,7%, respetivamente.
Movimento de passageiros no transporte ferroviário pesado
No entanto, o movimento de passageiros no metro de Lisboa ainda não superou os valores pré-pandemia. Ao todo, transportou 41,5 milhões de utentes nos meses em análise, 3,4% abaixo dos números no primeiro trimestre de 2019 e 44,5% acima dos valores do mesmo período de 2022.
Já o movimento de mercadorias por ferrovia foi de 2,4 milhões de toneladas, mais 0,7% face aos primeiros três meses de 2022, mas menos 3,1% face a igual período de 2019. Esta melhoria global deve-se “unicamente” ao desempenho positivo observado no transporte internacional, com aumentos de 3,5% face ao primeiro trimestre do ano passado, realça o gabinete estatístico.
No trimestre em análise, foram transportados 4,8 milhões de passageiros por via fluvial, um incremento homólogo de 32,4%, mas uma queda de 1,6% face ao primeiro trimestre de 2019. Particularmente no rio Tejo, o movimento de passageiros atingiu 4,6 milhões, aumentando 32,8% face ao período de janeiro a março de 2022 e diminuindo 2,8% em relação aos primeiros três meses de 2019.
O movimento de mercadorias nos portos nacionais, por sua vez, decresceu 4,5% no primeiro trimestre do ano, para 20,1 milhões de toneladas (-8,7% relativamente ao primeiro trimestre de 2019). Foi o porto de Sines que movimentou o maior peso de mercadorias (9,2 milhões de toneladas), mas verificou-se um decréscimo de 12% em relação ao mesmo período de 2022 (-14,5% comparando com o primeiro trimestre de 2019).
Por fim, as mercadorias movimentadas por transporte rodoviário caíram 7,3% no trimestre em análise, para 35 milhões de toneladas, face ao trimestre homólogo. Em relação ao mesmo período de 2019, registou-se um decréscimo de 12,3%. “Ambas as tipologias de transporte, nacional e internacional, registaram reduções neste trimestre (-7,2% e -7,9%, respetivamente)”, refere o INE.
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