Comboio histórico do Douro parte depois da greve dos revisores
Temporada de 2023 começa apenas dia 8 de julho, um mês mais tarde do que habitualmente. Além dos sábados e domingos, comboio turístico poderá vir a circular durante a semana.
O comboio histórico do Douro apenas vai partir da Régua a partir de 8 de julho. O arranque da temporada de 2023 deste comboio está marcado para depois do final da greve dos revisores. Para compensar, a CP admite que as viagens sobre carris no Douro possam ir além de sábado e do domingo e com experiência reforçada para os turistas.
“A temporada de Verão do Comboio Histórico do Douro de 2023 tem início previsto para 8 de julho“, refere ao ECO fonte oficial da transportadora. Os passageiros podem viajar entre as estações do Peso da Régua (distrito de Vila Real) e do Tua (distrito de Bragança) em cinco carruagens de madeira, datadas do início do século XX, rebocadas por uma locomotiva a vapor, de 1924.
Antes da partida, na Régua, é possível ouvir cantares tradicionais da região e beber um cálice de vinho do Porto. No Pinhão, há uma paragem para abastecimento de água à locomotiva e é possível apreciar os painéis de azulejos na estação. No Tua, a locomotiva faz as manobras de inversão e existe um museu interpretativo, no local de onde até 2008 partiram os comboios em via estreita para Bragança.
A CP alega que “não há qualquer atraso na programação” e que a data de início da temporada de 2023 “foi estabelecida tendo em conta uma série de fatores operacionais”. Ora, desde 5 de junho e até 5 de julho há greve parcial dos revisores da CP. No Douro, a paralisação destes trabalhadores tem levado à supressão de praticamente todos os comboios interregionais entre o Porto e o Pocinho.
Nos últimos 10 anos, apenas em três ocasiões é que o comboio histórico do Douro partiu depois do mês de junho: em 2013, as viagens arrancaram em 13 de julho; no ano seguinte, começaram em 5 de julho. Em 2020, em plena pandemia, a temporada do comboio histórico ficou confinada aos meses de agosto, setembro e outubro. Nos restantes anos, o comboio circulou entre o início de junho e o final de outubro. Recuando à década de 2000, houve deslocações sobre carris entre maio e outubro.
Viagens aos sábados, domingos e não só
Na última década, 2017 foi o ano com maiores circulações do comboio histórico do Douro. Aí, foram feitas 50 viagens, distribuídas entre sábados, domingos e mesmo quartas-feiras (no mês de agosto). De então para cá, apenas houve passageiros ao fim de semana e no feriado de 15 de agosto.
Para a temporada deste ano, a CP admite voltar a pôr o comboio em marcha também nos dias úteis. A empresa prevê um número de viagens “substancialmente superior ao do anterior anterior, em resposta à crescente procura por este serviço”. Em 2022, houve 37 viagens. Além dos passageiros que compram bilhetes junto da CP, o comboio histórico conta com viajantes oriundos dos operadores turísticos da região, que incluem a viagem sobre carris em programas de um ou mais dias.
Ainda em relação à temporada de 2023, a empresa promete “novas propostas e atividades” e afirmar estar a “trabalhar em parceria com os municípios da região do Douro para oferecer aos passageiros uma experiência ainda mais completa e envolvente”. Proporcionar um cálice de Favaios ou servir um doce de Alijó são hipóteses em cima da mesa, segundo informação apurada pelo ECO.
Contactada pelo ECO, a Comunidade Intermunicipal do Douro remeteu comentários para a câmara da Régua, que não quis adiantar mais informações sobre o tema.
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