Economia abranda em abril e clima económico agrava-se
O INE revela que a economia nacional terá abrandado em abril como resultado da diminuição na indústria e uma desaceleração nos serviços e na construção.
Depois de no primeiro trimestre o PIB ter registado um crescimento homólogo de 2,5%, que colocou Portugal entre os países da Zona Euro mais pujantes, os dados conhecidos de abril mostram que a economia está agora a abrandar.
“Os indicadores de curto prazo (ICP) relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para abril, apontam para uma diminuição na indústria e uma desaceleração nos serviços e na construção“, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira em comunicado.
Além disso, o INE refere também que o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, “diminuiu em maio, após ter aumentado entre janeiro e abril.”
O abrandamento da economia em abril acontece depois de o ICP “ter acelerado de forma intensa em janeiro e de ter interrompido a marcada trajetória descendente observada desde setembro”, lê-se no comunicado do INE.
O INE nota que, em abril, o índice de produção industrial (IPI) apresentou uma variação homóloga de -7% (variações de 1,7% e -3,6% em fevereiro e março) e que o índice de volume de negócios na indústria diminuiu 4,3% em abril (taxas de 12,5%, 3,8% e 3,9% nos primeiros três meses do ano).
No setor dos serviços, o índice de volume de negócios nos serviços (inclui comércio a retalho) revela uma desaceleração, contabilizando em abril uma variação homóloga de 4,3% em abril (8,5% no mês anterior). O mesmo comportamento teve o setor da construção, com o índice de produção na construção a registar uma variação homóloga de 2,4% em abril, após ter aumentado 3,5% no mês anterior.
O INE nota ainda que, na perspetiva da despesa, “o indicador de atividade económica desacelerou em abril, verificando-se um aumento do indicador de investimento e uma desaceleração do indicador de consumo privado.”
Os números do INE revelam que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), um indicador de investimento, aumentou em termos homólogos em abril, após a diminuição registada no mês precedente.
“A evolução do indicador registada em abril resultou do contributo positivo da componente de construção, que havia sido negativo no mês anterior”, refere o INE, sublinhando que, em sentido contrário, estiveram as componentes de máquinas e equipamentos e de material de transporte.
Na componente do consumo privado, os dados divulgados esta terça-feira destacam um “contributo positivo menos intenso” do consumo duradouro e do consumo corrente no mês de abril. Esta dinâmica resultou numa desaceleração do consumo privado em abril, após ter acelerado em março.
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