Cimeira para Novo Pacto Financeiro vai juntar 40 a 50 chefes de Estado em Paris
Encontro de quinta e sexta-feira contará com a participação de cerca de uma centena de delegações de diferentes países, dezenas de chefes de Estado e de Governo, e ainda de empresas multinacionais.
A Cimeira para o Novo Pacto Financeiro, onde o Presidente francês, Emmanuel Macron, espera chegar a acordo para um novo estímulo financeiro mundial, deverá juntar entre 40 e 50 chefes de Estado esta semana em Paris.
Fonte do Eliseu disse num briefing com jornalistas, em que a Lusa participou, que “a ideia [da Cimeira] é perceber como cooperar em conjunto para dar um estímulo financeiro à economia mundial”. “Ninguém deve ter de escolher entre lutar contra a pobreza e lutar contra o aquecimento global”, adiantou a mesma fonte.
De forma a facilitar este processo, a França quer promover uma reforma dos bancos de desenvolvimento multilaterais, assim como criar uma rede de estruturas regionais e nacionais para apoiar o desenvolvimento sustentável.
O encontro internacional decorre entre quinta e sexta-feira, e contará com a participação de cerca de 100 delegações de diferentes países, dezenas de chefes de Estado e de Governo, e ainda de empresas multinacionais.
O tema do financiamento ao desenvolvimento interessa particularmente a África, com esta cimeira a contar com a presença de cerca de 20 chefes de Estado do continente, incluindo o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, mas também o Presidente do Senegal, Macky Sall e o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.
Por muitos países estarem impedidos de se financiar devido à dívida externa acumulada, o Eliseu quer também reformar os instrumentos de financiamento, de forma a permitir aos Estados a possibilidade de investimento caso isso tenha um impacto importante na luta global contra o aquecimento global ou em resposta a fenómenos extremos, como os desastres naturais.
Para o Presidente francês, as dificuldades dos últimos anos na cooperação internacional, causadas pela Covid-19 ou conflitos como a invasão da Ucrânia pela Rússia, levaram à “fragmentação da conversa” entre os diferentes atores políticos e devem agora ser ultrapassadas já que há objetivos comuns, especialmente ligados ao combate contra o aquecimento global.
As delegações devem sair de Paris na sexta-feira, com um roteiro que vai continuar a ser aprimorado nas próximas reuniões do G20, mas também da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas ou COP 28, que vai decorrer em dezembro no Dubai. Os encontros terão lugar no Palácio Brongniart, no Palácio do Eliseu e nas sedes da UNESCO e da OCDE, que se situam na capital francesa.
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