Seguradoras brasileiras querem reforçar parcerias com empresas portuguesas

  • Lusa
  • 2 Julho 2023

O presidente da CNseg do Brasil reuniu-se em Lisboa com o seu homólogo português. Afirma que "há muito espaço" para negócios entre os dois países.

O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) do Brasil, que se reuniu na semana passada, em Lisboa, com o seu homólogo português, disse à Lusa que “há muito espaço” para negócios e cooperação no setor entre os dois países.

“Há muito espaço para cooperação económica e comercial efetiva, com investimentos de ambas as partes”, disse Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) do Brasil.

Dyogo Oliveira, que se deslocou a Portugal para participar na XI edição do Fórum Jurídico de Lisboa, evento que juntou durante três dias na Faculdade de Direito de Lisboa vários especialistas e responsáveis políticos do Brasil e Portugal, disse que se encontrou com o seu homólogo da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), José Galamba de Oliveira, para fazer “prospeção de cooperação entre os dois países no setor segurador”.

Em entrevista à Lusa, o presidente da CNseg disse que foram discutidas alternativas de como fomentar uma maior cooperação na indústria de seguros entre o Brasil e Portugal na reunião com o seu homólogo.

Segundo o líder do CNseg, existem duas possibilidades a explorar entre os dois países. Uma “é a troca de experiências, de conhecimento. O Brasil está passando por transformações importantes na regulação do setor” e “a Europa tem um estágio de implementação regulatória bastante avançado”, referiu. Por isso, o Brasil tem “muito a aprender com a experiência de outros países. E essa é uma matéria a desenvolver com as nossas contrapartes aqui em Portugal”, revelou.

A outra possibilidade é a de cooperação económica entre empresas. “Há muito espaço para cooperação económica e comercial efetiva, com investimentos de ambas as partes. Há uma presença muito pequena das empresas portuguesas de seguros no Brasil, embora exista um cruzamento de participações societárias“, o que faz com que muitas pertençam a grupos económicos que também têm interesses no mercado brasileiro. E “as empresas brasileiras têm uma presença praticamente nula em Portugal. Então há muito a explorar nisso”, defendeu.

Segundo o presidente da confederação, as empresas brasileiras de seguros têm um nível de desenvolvimento e modelos de subscrição muito sofisticado e tecnologia moderna, pelo que têm “muita oportunidade de participar no mercado português”.

A CNSeg representa 160 seguradoras e o setor no país cresceu 11% no ano passado. Para Dyogo Oliveira, o mercado português é “já bem maduro nos seguros tradicionais”, enquanto o Brasil tem uma experiência boa em produtos inovadores como o seguro para riscos cibernéticos e seguros garantia, “atrelados a operações financeiras. Há muito espaço tanto no Brasil como em Portugal para que as empresas avancem” para negócios, concluiu. Portugal pode ser, para as seguradoras brasileiras, um primeiro passo de internacionalização “para voos mais longos”, para a Europa, realçou.

Dyogo Oliveira aproveitou a oportunidade de se reunir com o seu homólogo português para convidar os associados da APS a participarem em setembro na Fides Rio 2023, grande conferência interamericana do setor.

 

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