Ramirez investe 1 milhão em painéis fotovoltaicos para ser energeticamente autossuficiente

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

Gigante das conservas está a investir um milhão de euros na instalação de painéis fotovoltaicos, com o objetivo de se tornar energeticamente autossuficiente.

A Ramirez, que assinala 170 anos de atividade numa cerimónia, esta sexta-feira, na unidade de Lavra, em Matosinhos, está a investir um milhão de euros na instalação de painéis fotovoltaicos, com o objetivo de se tornar energeticamente autossuficiente.

Segundo adiantou à agência Lusa o presidente do Conselho de Administração (CEO) da conserveira, Manuel Teixeira Marques Ramirez, já concluídas estão as duas primeiras fases de instalação dos painéis fotovoltaicos para produção de energia elétrica, cobrindo “todo o teto da fábrica” de Lavra.

A terceira fase de instalação está prevista para o início de 2024, em área livre no solo, ocupando parte dos 20.000 metros quadrados disponíveis.

“No final das três fases, a Ramirez produzirá localmente 70% da energia que a fábrica precisa com recurso a painéis fotovoltaicos, ou seja, 900 megawatts”, salientou o CEO.

Apostada em juntar ao estatuto de “mais antiga indústria de conservas de peixe do mundo em laboração” o de “indústria de conservas de peixe mais ecológica”, a Ramirez tem atualmente 100% da produção assegurada por energia verde, comprada à rede com o respetivo certificado, produzindo ainda energia (calor) com recurso a caldeira de biomassa e dispondo de um sistema de armazenamento e utilização da água da chuva para os circuitos de lavagem de latas e solo.

À Lusa, Manuel Teixeira Marques Ramirez recordou que as conservas de peixe são, tradicionalmente, um produto essencial em períodos de crise – “as duas guerras mundiais revelaram-no de forma clara”, salientou – e referiu que a isenção de IVA no atum em conserva não teve, “por enquanto, um impacto com expressão nas vendas do mercado nacional”.

“Para as famílias representará, seguramente, uma oportunidade de poupança, que poderia ser ainda maior se esta medida não se circunscrevesse apenas às conservas de atum, que é um peixe importado”, afirmou, considerando que “estender a medida às sardinhas e às cavalas, que são pescados na costa portuguesa, seria uma boa medida para, indiretamente, apoiar também a pesca nacional”.

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