Professores marcam primeira greve do próximo ano letivo para 6 de outubro

O secretário-geral da Fenprof anunciou que, na ausência de respostas do Governo às principais reivindicações, os docentes vão manter a contestação e marcou uma greve para 6 de outubro.

A plataforma de nove organizações sindicais de professores assegurou esta sexta-feira que a contestação se irá manter no próximo ano letivo, na ausência de respostas do Governo, e anunciou a primeira greve para 06 de outubro.

As organizações sindicais, que incluem as federações nacionais dos Professores e da Educação (Fenprof e FNE) estiveram esta sexta-feira reunidas durante a manhã, em Lisboa, para fazer um balanço do ano letivo e decidir como continuar a luta a partir de setembro.

“Os problemas principais têm afetado os professores e, no fundo, ao afetarem os professores têm implicação na própria forma como a escola se organiza e na qualidade que as aprendizagens dos alunos se dão”, admitiu o secretário-geral da Fenprof, em conferência de imprensa.

Mário Nogueira lamentou que durante este ano letivo “nenhum dos problemas” tivesse “sido resolvido”, dando como exemplo a recuperação do tempo de serviço e a falta de professores nas escolas. “O dossier do tempo de serviço será encerrado quando os professores autorizarem a ser encerrado. E só autorizarão quando tiverem recuperado o seu tempo de serviço”, insiste.

Recorde-se que o Ministério da Educação recusou devolver o tempo de serviço que está congelado, mas avançou com um diploma que visa corrigir as assimetrias decorrentes dos dois períodos de congelamento da carreira. Este diploma foi aprovado em maio, sendo que o Presidente da República tem até ao final de julho para decidir se se promulga, veta ou envia para o Tribunal Constitucional. Marcelo já pediu uma “solução equilibrada” e enviou questões ao Governo, tal como fez com o diploma dos concursos.

Perante a ausência de respostas do Governo às principais reivindicações, o secretário-geral da Fenprof garante que a contestação vai continuar no próximo ano letivo. “No próximo mês de setembro teremos de ter um debate com os colegas sobre como vamos lutar ao longo pelo ano”, referiu Mário Nogueira, acrescentando que até já darão ao Ministério da Educação tempo para ver se “está disponível para resolver os problemas por via negocial”.

“Se não estiver a primeira semana de outubro vai ser uma semana de forte de luta dos professores”, apontou Mário Nogueira, referindo que a primeira greve nacional já está agendada para 6 de outubro, depois do Dia Mundial do Professor, que se assinala na véspera.

Ainda assim, não descarta “outras greves nessa semana e outras ações de luta” que se vão prolongar até à discussão do Orçamento de Estado para 2024.

(Notícia atualizada com mais informação às 19h12)

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