Procura por transportes públicos até junho supera níveis pré-pandemia
Os transportes públicos continuam a recuperar passageiros ao longo deste ano, com a procura a crescer 29% face aos primeiros seis meses de 2022. Houve mais 603 passageiros do que em 2019.
Os transportes públicos coletivos urbanos sob a tutela do Governo continuam a recuperar passageiros depois da acentuada queda na sequência da pandemia de Covid-19, superando ligeiramente os níveis pré-pandémicos nos primeiros seis meses de 2023.
Entre janeiro e junho, a procura pelo Metropolitano de Lisboa, o Metro do Porto e a Transtejo/Soflusa cresceu 29% face ao mesmo período do ano anterior, segundo os dados provisórios do Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC). Estes meios de transporte coletivo registaram um total de 128.182 passageiros, mais 603 em relação ao primeiro semestre de 2019, período em que se contabilizaram 127.579 passageiros.
O Metropolitano de Lisboa foi o meio de transporte que, face à primeira metade de 2022, registou o maior crescimento da procura (30%), totalizando 79.535 passageiros. Porém, é o único que ainda não recuperou os níveis pré-pandemia, face ao qual a procura se mantém 5% abaixo, tendo-se verificado menos 4.497 passageiros entre janeiro e junho deste ano relativamente ao mesmo período de 2019.
Quanto ao metro do Porto, a procura teve um aumento homólogo de 28% nos primeiros seis meses deste ano, para 39.091 passageiros. Em relação ao período pré-pandemia, houve mais 4.966 passageiros, o que representa um crescimento de 15%.
Já a procura da Transtejo/Soflusa registou um aumento de 26%, ao contabilizar 9.556 passageiros ao longo dos primeiros seis meses de 2023, ficando apenas 1% acima dos níveis de 2019.
Em comunicado, o ministério indica que, no quadriénio 2019-2022, mobilizou mais de 905 milhões de euros para os transportes públicos, através do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extra para manter a oferta durante o período de pandemia.
Na Lei do Orçamento de Estado de 2023, à semelhança do OE2022, ficaram inscritos 138,6 milhões de euros para o PART. “A estas verbas acrescem mais 50 milhões de euros, para assegurar a manutenção dos preços vigentes em 2022 dos passes de transportes públicos, e mais 60 milhões de euros, no caso de ser necessário assegurar os níveis de oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos pelo PART, ainda afetados pelos efeitos da perda de procura decorrente da pandemia”, enquanto “o PROTransP mantém a verba de 20 milhões de euros, reforçada em 2022”, refere.
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