EUA: economia abranda nos primeiros três meses do ano

  • Juliana Nogueira Santos
  • 28 Abril 2017

No primeiro trimestre de 2017, o PIB dos Estados Unidos avançou 0,7%, um valor mais baixo do que era esperado.

A economia norte-americana abrandou o ritmo de crescimento para valores de há três anos, protagonizando uma desaceleração mais forte do que os analistas esperavam. O Produto Interno Bruto cresceu 0,7% no primeiro trimestre deste ano, bem abaixo dos 1% que os analistas inquiridos pela Bloomberg antecipavam.

A explicar esta retração do PIB, que no último trimestre de 2016 tinha avançado 2,1%, está a diminuição das despesas dos consumidores e a volatilidade nos inventários. As vendas de automóveis e o aquecimento das casas foram as despesas que mais diminuíram neste período.

Ainda que estes sejam os primeiros dados do PIB referentes ao período de presidência de Donald Trump, não há uma ligação direta entre as suas políticas e este abrandamento, sendo que é habitual que a economia não cresça tão expressivamente neste trimestre devido à sazonalidade.

“Há razões para pensar que algumas das coisas que estiveram mais fracas no primeiro trimestre se vão reverter no segundo, em particular o consumo e os inventários” afirmou à Bloomberg, Michael Feroli da JPMorgan. “Os salários estão a aumentar e a manter as despesas dos consumidores bem suportadas.”

Na apresentação do novo plano fiscal para o país, Steven Mnuchin, secretário de Estado do Tesouro, reafirmou que o objetivo do Governo é que, com as novas medidas que incluem um corte “massivo” de impostos para as empresas, o PIB passe a crescer entre 3% e 4%.

Tendo em vista as próximas decisões da Reserva Federal relativamente à taxa de juro diretora, este abrandamento da economia não constituirá um fator para uma hipotética mudança de ideias, visto que os economistas inquiridos pela Bloomberg confirmam que este não é um sinal de estagnação, mas sim um abrandamento episódico.

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