Confiança dos consumidores atingiu em julho novo máximo desde o início da guerra
Consumidores portugueses continuam a recuperar confiança, com o indicador a renovar o valor máximo desde fevereiro de 2022 neste mês de julho.
Os consumidores portugueses continuaram a recuperar confiança em julho, com este indicador a atingir um novo máximo desde fevereiro de 2022, o mês em que começou a invasão da Ucrânia pela Rússia, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“O indicador de confiança dos consumidores aumentou entre dezembro e julho, renovando o valor máximo desde fevereiro de 2022, após ter registado em novembro o valor mais baixo desde o início da pandemia em abril de 2020”, começa por indicar o INE.
“A evolução do indicador no último mês resultou do contributo positivo das expectativas de evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias e da situação financeira do agregado familiar, assim como das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar. Em sentido contrário, as perspetivas de evolução futura da situação económica do país registaram um contributo ligeiramente negativo”, detalha.
Enquanto isso, o saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços diminuiu nos últimos três meses, e de forma mais significativa em maio e junho, “afastando-se do patamar elevado em que se encontrava”.
Clima económico agrava-se
Ao mesmo tempo, o INE indica que o indicador de clima económico diminuiu em julho, depois de ter estabilizado em junho. “Os indicadores de confiança diminuíram na Indústria Transformadora, na Construção e Obras Públicas e nos Serviços, tendo aumentado no Comércio”, nota o instituto.
“O saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda na Indústria Transformadora diminuiu ligeiramente em julho, prolongando a trajetória marcadamente descendente iniciada em novembro e atingindo o valor mais baixo desde maio de 2020. Este saldo também diminuiu desde novembro no Comércio, atingindo em julho o nível mais baixo desde fevereiro de 2021″, acrescenta o INE.
Por sua vez, segundo o instituto, na Construção e Obras Públicas, “o saldo das perspetivas de preços praticados pela empresa nos próximos três meses estabilizou em julho, após ter diminuído entre fevereiro e junho, mantendo-se no nível mais baixo desde abril de 2021, e nos Serviços verificou-se um aumento, após ter também diminuído desde fevereiro”, resume.
Sentimento económico com novo recuo na Zona Euro
Alargando o escopo, o indicador do sentimento económico recuou em julho, tanto na Zona Euro, para os 94,5, quanto na União Europeia (UE), para os 93,6, segundo dados divulgados esta sexta-feira pela Comissão Europeia. De acordo com os dados divulgados pela Direção-geral dos Assuntos Económicos e Financeiros, na Zona Euro, o indicador desceu 0,8 pontos e na UE 0,5 pontos.
Na Zona Euro, o sentimento económico recuou pelo terceiro mês consecutivo, com a tendência a ser interrompida por uma ligeira subida em abril, enquanto no conjunto dos 27 Estados-membros diminuiu pelo sexto mês consecutivo.
Considerando as componentes do indicador, na zona euro, a confiança dos consumidores foi a que mais caiu em julho (-15,1 pontos), seguida pelas do setor da indústria (-9,4), do comércio a retalho (-4,5) e da construção (-3,1 pontos). O setor dos serviços foi o único em que a confiança subiu: 5,7 pontos.
A DG ECFIN indica ainda que o indicador de expectativas de emprego registou, em julho, a sexta subida consecutiva na Zona Euro, para os 103 pontos, e a quinta na UE, para os 102,4, ao ritmo de 1,8 pontos em ambas.
(Notícia atualizada pela última vez às 10h40)
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