Sindicatos do setor da aviação apelam a “forte mobilização” dos trabalhadores à greve
Quatro sindicatos do setor da aviação vieram apelar a uma "forte mobilização dos trabalhadores" para as greves para 30 e 31 de julho e 5 e 6 de agosto e acusam a Portway de "amedrontar" funcionários.
Um grupo de quatro sindicatos do setor da aviação veio, este sábado, apelar a uma “forte mobilização dos trabalhadores” para as greves marcadas para 30 e 31 de julho e 5 e 6 de agosto, com extensão ao trabalho em dia feriado a partir de 1 de agosto, e acusam a Portway de “amedrontar” os funcionários e “condicionar” o direito à greve.
Num comunicado conjunto, o SITAVA, SINDAV, STHA e SIMAMEVIP — sindicatos da empresa do grupo Vinci que presta serviços de assistência em terra nos aeroportos portugueses –, acusam a empresa de “amedrontar os trabalhadores, condicionar o exercício do seu direito à greve e colocar nos sindicatos o ónus da destruição da empresa”.
A reação surge depois de este sábado o Observador ter noticiado que a administração da Portway enviou uma carta aos trabalhadores, onde apela a cada funcionário para que não faça greve, alegando que não é “apenas a imagem do país que está em causa”, mas “também a estabilidade futura da Portway”, dado que decorrem, neste momento, negociações para a renovação do contrato entre a Portway e a Easyjet, o “maior cliente” da empresa de handling.
Os quatro sindicatos rejeitam ainda as acusações da Portway, que argumentou que a motivação para as paralisações centram-se em “agendas corporativas de disputa sindical por maiores quotas de representatividade”, sublinhando, que, “se há agendas corporativas, então serão entre a empresa e essa outra organização sindical para quem estão a ser empurrados os trabalhadores”.
Além disso, o SITAVA, SINDAV, STHA e SIMAMEVIP reiteram que “estiveram sempre de boa-fé” nas negociações, mas que foram “obrigados a abandonar” a mesa negocial, “perante o aparente conluio entre a Portway e outra “organização” sindical”, lembrando ainda que “apresentaram várias propostas que permitissem de forma faseada que a empresa pagasse os 800 mil euros que deve aos seus trabalhadores”. “Inúmeras propostas, inúmeras soluções, sempre a esbarrarem na cegueira ideológica da Vinci”, criticam.
As greves decorrem numa altura em que se espera uma maior afluência nos aeroportos nacionais por ser uma altura de verão e em que se realiza a Jornada Mundial da Juventude, que decorre de 1 a 6 de agosto, em Lisboa. Por isso, o Governo decretou serviços mínimos.
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