Desemprego estabiliza nos 6,4% em junho

Face a junho do ano passado, taxa de desempregou subiu 0,4 pontos percentuais. Em junho, 336.500 pessoas estavam desempregadas no país.

A taxa de desemprego em junho foi de 6,4%, valor idêntico ao apurado em maio e inferior, em 0,4 pontos percentuais (p.p.), ao registado em março. Em termos homólogos, contudo, o desemprego aumentou 0,4 p.p., segundo os dados provisórios divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em junho, 336.500 pessoas estavam desempregadas no país.

O INE adianta que o desemprego em Portugal se manteve nos 6,4%, “o valor mais baixo desde outubro de 2022, quando foi de 6,1%”.

Neste contexto, a população desempregada recuou 0,7% face a maio e 6,5% em relação a três meses antes, para 336.500 pessoas. Ainda assim, aumentou na ordem dos 8,5% comparativamente ao mês homólogo de 2022.

 

Fonte: INE

Quanto à população empregada, foi estimada em 4.944,1 mil pessoas, o que significa uma variação relativa positiva em relação ao mês de maio (0,1%), bem como relativamente a três meses antes (0,5%) e a um ano antes (1,5%).

Em junho de 2023, estima-se ainda que a população ativa tenha tido um aumento de 1,0 mil pessoas (a que corresponde uma “variação relativa quase nula”), enquanto a população inativa se manteve praticamente inalterada em relação ao mês anterior.

“O ligeiro aumento da população ativa resultou do acréscimo da população empregada (3,4 mil; 0,1%) ser pouco superior ao decréscimo da população desempregada (2,4 mil; 0,7%). A manutenção da população inativa foi explicada pelas variações nos grupos que a compõem, de onde se destaca o acréscimo do número de inativos à procura, mas não disponíveis para trabalhar (1,3 mil; 4,0%) e o decréscimo do número de inativos disponíveis, mas que não procuraram emprego (1,1 mil; 1,0%)”, justifica o INE.

Já o aumento da população ativa (99,7 mil; 1,9%) em relação a junho de 2022 “resultou do acréscimo tanto da população empregada (73,4 mil; 1,5%) como da população desempregada (26,3 mil; 8,5%)”. Por seu lado, a população inativa diminuiu em 71,6 mil pessoas (2,9%) “devido, principalmente, à diminuição do número de outros inativos (54,2 mil; 2,3%)”, detalha o gabinete de estatística.

Fonte: INE

Ainda em junho de 2023, a subutilização do trabalho abrangeu 632,9 mil pessoas, valor inferior ao apurado no mês anterior (2,7 mil; 0,4%) e ao de três meses antes (22,4 mil; 3,4%), mas superior ao registado no período homólogo de 2022 (15,5 mil; 2,5%).

Assim, a taxa de subutilização do trabalho correspondente — estimada em 11,7% — manteve-se inalterada relativamente à do mês anterior, diminuiu 0,4 p.p. em relação à de três meses antes e aumentou 0,2 p.p. por comparação com a do mesmo mês do ano anterior.

Taxa de desemprego jovem nos 17,2%

Segundo as estimativas provisórios do INE, em junho 66.800 jovens estavam desempregados, o que corresponde a uma taxa de desemprego jovem de 17,2% (menos 1,5 p.p. do que em maio e 1,9 p.p. do que no período homólogo). Ainda assim, a taxa de desemprego jovem mais do que triplica a registada para os adultos (5,5%). No caso dos adultos, a taxa compara com os 5,4% de maio e 5,1% de junho de 2022.

Numa análise da população desempregada por género, é ainda possível concluir que as mulheres são as mais penalizadas. Em junho, a taxa de desemprego feminino situava-se nos 6,6% (inferior em 0,2 p.p. face a maio, mas superior em 0,4 p.p. comparativamente ao período homólogo), enquanto a taxa de desemprego masculino rondava os 6,1% (superior em 0,1 p.p. face a maio e em 0,3 p.p. quando comparada com o mesmo mês do ano passado).

Em junho deste ano havia 175.000 mulheres e 161.500 homens desempregados em Portugal.

(Notícia atualizada com mais informação pela última vez às 11h45)

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