Receitas da Altice Portugal sobem 11,8% no segundo trimestre, para 718 milhões de euros
As atenções viram-se agora para a teleconferência de Patrick Drahi com os obrigacionistas, na qual deverá ser questionado sobre as consequências da Operação Picoas.
As receitas da Altice Portugal subiram 11,8% no segundo trimestre, em termos homólogos, para 718 milhões de euros, informou esta segunda-feira a Altice International, grupo que controla a operadora portuguesa de telecomunicações.
O EBITDA – lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações – da dona da Meo avançou 9,5% face ao mesmo período ano, para 254 milhões de euros, adiantou o grupo, que inclui operações em Israel e na República Dominicana e ainda a Teads, uma empresa de marketplace de publicidade em vídeo.
“A Altice Portugal apresentou crescimento de receita em todos os segmentos no segundo trimestre de 2023, bem como crescimento de EBITDA e crescimento do fluxo de caixa operacional livre homóloga”, referiu a Altice Internacional, em comunicado.
Em termos da distribuição de receitas, o segmento residencial contribuiu com 336 milhões de euros, enquanto o empresarial representou 382 milhões, disse a Altice Internacional na mesma nota distribuída esta segunda-feira.
A Altice Portugal, por sua vez, salientou em comunicado que o investimento entre abril e junho deste ano foi de 120 milhões de euros, “reafirmando-se a aposta na transformação global das infraestruturas, na inovação e no investimento em Portugal”.
“A Altice Portugal mantém-se na vanguarda da inovação e do progresso tecnológico, atingindo, no segundo trimestre de 2023, 95,0% da população com 5G, e
6,3 milhões de casas passadas com fibra, lares e empresas, em todo o país”, disse a operadora liderada por Ana Figueiredo.
O grupo controlado pelo magnata franco-israelita Patrick Drahi registou uma subida homóloga de 4,6% nas receitas do segundo trimestre, para 1,277 mil milhões de euros, enquanto o EBITDA cresceu 4,3% para 456 milhões, segundo o comunicado da Altice International.
A dívida líquida do grupo, apontada pelos analistas como o “calcanhar de Aquiles”, fixou-se em 8,6 mil milhões de euros a 30 de junho deste ano.
As atenções viram-se agora para a teleconferência de Patrick Drahi com os obrigacionistas esta segunda-feira (12h00 de Lisboa), na qual poderá ser questionado sobre a Operação Picoas, uma investigação do Ministério Público português conhecida em julho, depois de as autoridades terem promovido buscas em vários locais no país, incluindo na quinta do cofundador da Altice, Armando Pereira, e na residência do ex-líder da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, que era até essa altura co-CEO do grupo Altice a nível internacional.
A 19 de julho, a Altice Internacional colocou de licença vários representantes legais, gestores e trabalhadores chave em Portugal e no estrangeiro, avançando também que a investigação interna que tinha sido anunciada pela Altice Portugal abrange ainda “outras jurisdições” além do mercado português. No comunicado sobre os resultados esta segunda-feira a Altice Internacional reiterou essa mensagem.
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