Exclusivo Fundo Core Capital vende Electrofer à Metalogalva
Alienação da empresa de metalomecânica da Marinha Grande surge depois de um período de reestruturação que permitiu aumentar as vendas em 30% e triplicar os resultados nos últimos quatro anos.
O fundo de capital de risco Core Capital acabou de vender a Electrofer, uma empresa de metalomecânica da Marinha Grande, à Metalogalva, do grupo VigentGroup. Não foram revelados os valores do negócio que ainda aguarda luz verde do regulador da concorrência.
A Core Capital tinha adquirido 60% do capital da Electrofer em 2019 e vendeu agora a sua posição no capital depois de um período de reestruturação, que permitiu à unidade de metalomecânica pesada e de tratamento de superfícies metálicas aumentar as vendas em 30% e triplicar o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações).
“A Core iniciou em 2019 a reestruturação da Electrofer, o qual passou pela injeção de dinheiro fresco, qualificação do seu quadro técnico e reforço das competências de gestão”, indica o fundo, salientando que o processo de reestruturação e o crescimento do negócio “ocorreram num enquadramento particularmente exigente, com a pandemia do Covid-19 e o impacto da guerra da Ucrânia no mercado internacional do aço”.
Com sede na Marinha Grande, a Electrofer tem duas unidades de negócio: a produção de estruturas metálicas para o setor da construção e o fornecimento de soluções de tratamento de superfícies metálicas. No último ano, por exemplo, trabalhou no projeto de recuperação da Ponte Luís I, no Porto, e da construção do Viaduto de Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia.
“O processo de recuperação da Electrofer cumpriu integralmente os objetivos para os quais o fundo Core Restart foi criado: recuperar empresas devolvendo-as mais fortes ao mercado e em condições de integrarem grupos líderes nacionais, nos quais a Metalogalva se destaca como um exemplo de excelência, criando mais valor para a economia portuguesa e, em simultâneo, rentabilidade para os investidores do fundo CoRe Restart”, afirma Pedro Araújo e Sá, sócio da Core Capital e presidente do conselho de administração da Electrofer.
Já Sérgio Silva, presidente da Metalogalva, disse estar muito satisfeito com a operação que vai “assegurar um reforço imediato” da capacidade produtiva da empresa, que tem 1.400 trabalhadores e teve, em 2022, um volume de negócios consolidado de 400 milhões de euros. “Continuamos com um plano de desenvolvimento ambicioso e atentos a oportunidades de crescimento orgânico e inorgânico”, refere, em comunicado. Este ano, o grupo Metalogalva estima uma faturação consolidada de 460 milhões, no ano em que abriu a primeira unidade produtiva nos EUA.
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