Margrethe Vestager tira licença sem vencimento da Comissão Europeia
Ursula von der Leyen entregou a pasta da Concorrência a Didier Reynders, que acumula com a da Justiça. E pasta da era digital, também conduzida por Vestager, à vice-presidente Věra Jourová.
O comissário europeu para a Justiça, Didier Reynders, vai ficar com a pasta da Concorrência, depois de von der Leyen conceder uma licença sem vencimento a Margrethe Vestager para se concentrar na candidatura ao Banco Europeu de Investimento.
Em comunicado, a Comissão Europeia anunciou que, na sequência da saída da vice-presidente executiva, a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, entregou a pasta da Concorrência a Didier Reynders, que acumula com a da Justiça. Margrethe Vestager também estava responsável pela preparação da União Europeia (UE) para a era digital e von der Leyen decidiu atribuí-la à vice-presidente Věra Jourová, responsável pelos Valores e Transparência.
Já a pasta da Inovação e Investigação, que Vestager tinha acumulado temporariamente na sequência da saída de Mariya Gabriel e enquanto não é escolhida a sucessão, transita agora para o vice-presidente Margaritis Schinas, que é responsável pela promoção do estilo de vida europeu. A Comissão também já informou o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu das alterações no executivo de von der Leyen.
A vice-presidente executiva da Comissão Europeia responsável pela pasta de uma Europa Preparada para a Era Digital e pela Concorrência anunciou esta terça-feira, no Twitter, que vai tirar uma licença sem vencimento para concentrar esforços na candidatura ao Banco Europeu do Investimento (BEI): “A partir de hoje sou oficialmente candidata à presidência do BEI, por isso, vou tirar uma licença sem vencimento na Comissão Europeia para me concentrar na candidatura.”
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O anúncio desta licença sem vencimento, para se focar na candidatura ao cargo, surge um dia depois de o grupo parlamentar de Vestager no Parlamento Europeu ter manifestado apoio a esta concorrente. Além de Vestager, concorre ao cargo a vice-presidente e ministra dos Assuntos Económicos, Nadia Calviño.
Cabe agora aos ministros das finanças da UE – incluindo o português, Fernando Medina – chegar a um consenso sobre um nome na reunião informal que decorre em Santiago de Compostela, em Espanha, em meados de setembro. O objetivo é ter alguém escolhido para entrar em funções quando o atual presidente do BEI, Werner Hoyer, deixar o cargo no final do ano.
O BEI é a instituição financeira da UE, suportando financeiramente projetos dentro e fora do espaço comunitário alinhados com as prioridades europeias. É detido pelos Estados-membros e o seu Conselho de Governadores é composto pelos ministros das Finanças dos 27.
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