Economia deve registar “claro abrandamento” nos próximos trimestres, estima Fórum para a Competitividade

  • Lusa
  • 5 Setembro 2023

"Para a economia atingir a meta de crescimento do Governo, de 2,7% em 2023, seria necessário que o Produto Interno Bruto avançasse 3% no segundo semestre", avança o Fórum para a Competitividade.

O Fórum para a Competitividade acredita que o desempenho da economia portuguesa vai abrandar de forma evidente nos próximos trimestres, considerando difícil que se atinja a meta de crescimento prevista pelo Governo.

Na sua nota de conjuntura de agosto, divulgada esta terça-feira, a entidade começa por referir que “os próximos trimestres deverão ser de claro abrandamento”, acentuando que para a economia atingir a meta de crescimento do Governo, de 2,7% em 2023, seria necessário que o Produto Interno Bruto (PIB) avançasse 3% no segundo semestre, “necessitando de uma forte aceleração, que é quase impossível na atual conjuntura, quer externa quer interna”.

Para esta leitura, o Fórum refere que, “após a clara desaceleração do segundo trimestre”, o indicador diário de atividade, calculado pelo Banco de Portugal, passou de 2,5% no segundo trimestre “para valores negativos em julho (-1,6%) e muito modestos em agosto (0,6%), sugerindo um novo abrandamento no terceiro trimestre”.

Para a entidade, em 2024 será igualmente “inevitável” observar-se uma desaceleração da economia, devido ao enquadramento externo, impacto das taxas de juro sobre a procura interna e “restrição orçamental forçada pelas regras europeias”.

Na mesma análise, o Fórum refere que em agosto se observou uma nova queda do clima económico, “com diminuição da confiança em todos os setores”. Nos serviços, a confiança dos consumidores também caiu, interrompendo oito meses de melhoria consecutiva, antes de conseguir recuperar para os valores anteriores ao início da guerra.

Ao nível do turismo, a mesma análise assinala o abrandamento das dormidas, observado em julho, assinalando que “as perspetivas sobre a economia, quer externa quer interna, não permitem grande otimismo para a evolução para o resto do ano”.

Em relação ao mercado de trabalho, a nota de conjuntura aponta a “forte quebra” na taxa de desemprego, no segundo trimestre, considerando que esta trajetória “parece ser uma resposta desfasada ao bom comportamento do PIB do primeiro trimestre”.

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