Marcelo elogia gestão orçamental do Governo e diz que há folga caso crescimento fique abaixo do esperado

O Presidente da República adiantou ainda que a carta enviada por António Costa à Comissão Europeu sobre as rendas mostra que Bruxelas está disponível para estudar o tema.

Marcelo Rebelo de Sousa elogiou este sábado a “criteriosa” gestão orçamental do Governo, que permite ter uma almofada de liquidez que pode ser utilizada no próximo ano caso a economia cresça a um ritmo mais lento que o esperado.

“O Governo tem uma folga no quadro PRR e tem uma folga no quadro da gestão orçamental”, afirmou o chefe de Estado, aos jornalistas durante a 21ª edição da Vindouro, em São João da Pesqueira. “A gestão orçamental, esse é um elogio que se deve fazer ao Governo, foi muito criteriosa, e aproveitou um ano muito bom, que foi o ano passado, para criar a tal folga“.

Adiantou que isso quer dizer “que há aqui uma almofada, que se for necessária pode ser utilizada no ano de 2024 no caso de o crescimento não avançar ao ritmo que se previa, o que significa as famílias e as empresas terem dificuldades que esperavam já não ter em 2024“.

O Presidente da República explicou que “temos sempre a inflação, em que estamos bem em termos europeus, mas se pode deslizar de vez em quando, e o crescimento, depois de um crescimento espectacular no ano passado, um bom crescimento comparado com o resto da Europa no primeiro trimestre deste ano, 0% de crescimento no segundo trimestre portanto há aqui uma incógnita”, sublinhando que “portanto vejo que o Governo está atento, atento àquilo que é preciso lançar de liquidez na economia e isso repercurte-se no Orçamento do Estado para 2024“.

Sensibilizar a Comissão Europeia

Em relação à carta que o primeiro-ministro português escreveu a Ursula von der Leyen antes da rentrée europeia, à semelhança do que fez no ano passado, desta vez a pedir à presidente da Comissão Europeia uma resposta conjunta à crise da habitação, Marcelo Rebelo de Sousa disse que pode significar “boas notícias” para Portugal e os pares europeus. Nessa carta, António Costa apontou para a falta de oferta imobiliária e a subida dos encargos com habitação pedindo à Comissão Europeia para estar atenta ao problema da escassez e dos altos custos da habitação.

Para o Presidente da República, “atendendo à conjuntura vivida, há uma problema que diz respeito às rendas e portanto o que se trata é sensibilizar a Comissão Europeia para dar um tratamento, parece justo, para aquio que é a possibilidade do Governo português e os governos europeus no geral, terem flexibilidade no tratamento pela Comissão Europeia quanto a dinheiros que possam ser utilizados no domínio da habitação”.

Salientou que “quando o primeiro-ministro manda a carta é porque tem a sensação que a Comissão está disponível para estudar o problema, senão não mandava a carta”, pois “hoje na diplomacia não se manda cartas por mandar cartas”

O Presidente concluiu que “se for assim pode ser uma boa notícia para Portugal e para outros países europeus, é a Comissão Europeia perceber que a evolução da inflação e a evolução da economia pode obrigar ao que acontece na vida das pessoas, que é mudar um bocadinho o que é a orientação”.

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