Obrigacionistas da Efacec consideram que existem “condições para fechar rapidamente” um acordo

A Maxyield esteve reunida com o secretário de Estado da Economia na quinta-feira “neste contexto de negociação. Obrigacionistas acreditam que nova AG pode ser já no final de setembro.

Os obrigacionistas da Efacec consideram que existem “condições para fechar rapidamente” um acordo relativamente ao corte de dívida que deverão sofrer no âmbito do processo de reprivatização da empresa e acreditam que poderá ser reagendada uma nova assembleia geral no final de setembro.

“Há condições para fechar rapidamente” um acordo, disse ao ECO, Carlos Rodrigues, presidente da Maxyield, a associação que defende pequenos acionistas e representa alguns dos obrigacionistas da Efacec, confirmando que em cima da mesa está uma “redução do haircut”.

O ECO avançou que “o acordo alcançado com uma maioria significativa dos obrigacionistas”, que levou ao cancelamento da assembleia geral de obrigacionistas prevista para esta terça-feira, passava por uma redução do corte da dívida de 58 milhões de euros de 50 para 10%. Ou seja, em vez de perderem 29 milhões de euros, como estava inicialmente previsto, os obrigacionistas vão perder apenas 5,8 milhões. Carlos Rodrigues não levantou a ponta do véu e disse apenas que “o acordo ainda não está completamente fechado, mas há boas perspectivas de o ser”.

O presidente da Maxyield admite que “poderá haver outros níveis de negociação”, nomeadamente “a inclusão de garantias”. Ou seja, “apesar do haircut os obrigacionistas terão garantias de que irão receber o remanescente”.

Todas as partes têm interesse numa resolução rápida desta questão, porque o tempo não joga a favor da Efacec”, recorda o responsável.

Esta redução do perdão da dívida já se vinha a desenhar alguns dias. A Maxyield esteve reunida com o secretário de Estado da Economia na passada quinta-feira, uma “reunião que ocorreu neste contexto de negociação e que corresponde a uma evolução notória face à proposta inicial”.

Recorde-se que a proposta do fundo alemão Mutares pressupunha uma perda inicial para o Estado de, pelo menos, 112,8 milhões de euros que injetou na empresa, com a Parpública a aceitar a perda total deste montante e os bancos 80% da dívida. No entanto, foi negociado um acordo (do qual não se sabem quaisquer detalhes) para que o Estado possa ser ressarcido desta perda, caso a Efacec se torne numa empresa de sucesso. Já aos obrigacionistas era pedido um corte de 50% e é nas suas mãos que reside o futuro deste negócio. No total, a proposta da Mutares tinha subjacente um perdão de dívida de quase 182 milhões de euros.

Com as novas condições em cima da mesa, Carlos Rodrigues acredita que será possível agendar uma nova assembleia geral até ao final de setembro e resolver a questão logo na primeira chamada.

Ainda não é claro de que forma este novo acordo vai impactar na capitalização da Efacec por parte da Parpública — que está a injetar mensalmente 12 milhões de euros na empresa — e do Banco de Fomento. O presidente da Maxyield garante que o tema não foi abordado no encontro com o secretário de Estado da Economia, mas o Carlos Rodrigues admite que este acordo obrigue a negociações com a Parpública, que mensalmente, tem vindo a injetar 12 milhões de euros por mês na empresa.

O ECO questionou os ministério da Economia e das Finanças, a Parpública e o Banco de Fomento, mas ainda não obteve respostas.

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